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Artigos-->O TERRORISMO É O MAL -- 06/07/2004 - 22:39 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O TERRORISMO É O MAL



Francisco Miguel de Moura*



“A luta contra o fanatismo passa pela educação, em primeiro lugar”.



Amós Oz



O terrorismo é o mal ou apenas uma manifestação do mal?

Mau é ser dogmático em religião, em política, em moral, em filosofia, na ciência, em tudo. Para o maior escritor de Israel, Amós Oz, “o terror prospera nas sociedades com muita pobreza e injustiça, mas o grande mal é o fanatismo. O fanático é alguém que deseja impor sua crença aos outros, não importa como”.

É impressionante como um judeu israelense como ele, portanto uma pessoa envolvida numa guerra sem nome do seu povo contra os palestinos, analisa tão bem as raízes do conflito e o que deve ser feito para liquidá-lo. E, talvez por isto, tem a visão exata do que seja o fanatismo e o terrorismo no mundo. Não concordamos com historiadores otimistas como Paul Johnson que acreditam que os Estados Unidos, potência mundial imperial sob todos os títulos, têm capacidade de acabar com o terrorismo internacional dentro de dez anos. Analisando bem o pensamento de Amós Oz, romancista dos mais categorizados da atualidade, o fim do terrorismo demorará muito mais. Precisamos de no mínimo 30, 40, 50 anos para reduzi-lo ao suportável. É muito tempo e pode ser pouco se for investido maciçamente na educação, no mundo inteiro, não somente nos países muçulmanos.

Os Estados Unidos estão errados quando encetam uma guerra como a do Iraque e dizem que vão acabar com a ditadura e criar uma democracia ali, à força. Não se obriga uma pessoa a ser democrata, imagine-se um país de muitas tribos, muitas nações. Há que ensiná-los. E é trabalho para muitas gerações. Aí, sim, sem violência.

Se para alcançar a democracia é necessário fazer guerra (e não é), matar inocentes, torturar, melhor é não alcançá-la já, procurá-la devagarzinho, pela não-violência, como quem não quer-querendo. O bem sobrelevará o mal, senão o mundo há muito tempo já haveria deixado de crescer, melhorar e seduzir, e a vida teria então perdido a graça. E o mundo vem crescendo e melhorando, apesar dos pesares.

As religiões, não obstante alguns benefícios, contribuem muito para o fanatismo. E daí ao terror é um passo. Melhor não ter religião, ou ser agnóstico, do que acreditar em quem autoriza homicídios, suicídios, crimes de todos os tipos, individuais e coletivos. Há pacifistas, ainda conforme atesta o escritor Amós Oz, que são capazes de matar quem é contra a paz, ambientalistas que são capazes de matar quem destrua um animal ou árvore, anti-tabajistas que seriam capazes de esfolar um fumante. Assim não é possível o entendimento entre os homens. Esses se igualariam aos principais chefes do terrorismo atual que se chamam Osama bin Laden e George W. Bush.



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*Francisco Miguel de Moura é escritor, mora em Teresina.

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