O conhecimento é o ápice do desenvolvimento humano, a resposta para a repedida pergunta: “Qual a nossa missão na Terra?”. Através do conhecimento, o homem passa a ter uma compreensão das questões do ser e com isso passa a ter mais opções para solucionar todas as suas metas e os obstáculos que encontram.
Quanto mais o indivíduo sabe, mas ele avalia as questões do universo e aprende com as experiências de outros. Assim, quando deparar-se com uma circunstância que exija sua atenção, poderá mediar a solução com o conhecimento que possui, conseguindo aplicar a melhor alternativa. “Se pouco sei, poucas opções terei... mas conforme adquiro maior conhecimento, encontro opções que antes não conhecia”.
Para alcançar a sabedoria, devemos buscar o conhecimento. O sábio apenas alcança essa posição após conhecer e agir, tendo sempre a certeza de que ainda há muito para se aprender. O conhecedor é aquele que busca o conhecimento, que lê, pesquisa, questiona, reflete sobre o novo contexto que assimilou... mas apenas isso. Falta ao conhecedor o mais importante, a discernimento de saber que apenas ler e assimilar o que leu não o transformará em um sábio. Para transformar-se num sábio, é preciso agir, dando vida ao conhecimento assimilado.
Em suma, o conhecedor é aquele que adquire e assimila conhecimentos múltiplos e o sábio é aquele que, além de ser um constante conhecedor, aplica em seu dia a dia todos os conhecimentos que possui. E a benção de amar, perdoar, ser caridoso, ensinar, compartilhar e outras são os objetos que o sábio usa para aplicar o seu conhecimento.
Muitos são os conhecedores que se tornam “pseudo-sábios”, mas usam esta “falsa sabedoria” para proveitos próprios, algumas vezes para pregar o mal (apesar de ser discutível o critério do bem e mal). Mas o verdadeiro sábio, por meio de todo conhecimento que adquiriu como conhecedor, sabe que a resposta autêntica a essa busca é o simples fato de conhecer intrinsecamente a nós mesmos.
Outra importante questão conectada ao conhecimento é a questão da fé, que representa nada mais do que essa busca pelo que não conhecemos.
Religião e Fé são coisas distintas. A primeira limita-se à sua linha de pensamento e conhecimento. A segunda envolve uma extensa área de conhecimento, acima de qualquer religião. Como podemos dizer que um Deus é melhor ou superior ao outro? Podemos ideologicamente criticar os deuses que não são nossos. Mas podemos censurar a Fé de seus seguidores? Não... jamais!
Os gregos, os romanos, os egípcios, por exemplo, veneravam seus diversos deuses. Cada um desses deuses e deusas tinha influência direta na maneira de agir e pensar de seus seguidores e na organização das sociedades em que viviam. Quando um indivíduo crê em algo e aquilo o transforma, para ele aquilo é o feito de seu deus ou deusa. E de fato é, pois está criando uma transformação naquele indivíduo.
Nós, da Ordem de Lancaster, cada um pertencendo à sua organização religiosa de escolha, acreditamos que o conhecimento seja o alicerce para obter a sabedoria do universo e, com isso, entender a essência do ser humano e encontrar a resposta para a missão singular de nosso papel no plano terrestre.
A Ordem de Lancaster não é uma Ordem religiosa, nem militar... mas sim uma Ordem que busca a Sabedoria plena para todos os seus cavaliers e sorelli. Através do conhecimento, podemos transformar nossas vidas, abrir nossos corações, entender as pessoas e conseguir instituir uma sociedade mais justa, sábia, benevolente e criativa.
Encontramos na jornada pessoas dispostas a mudar, a evoluir, a encontrar respostas às suas questões, a promover atos de caridades por estar cientes de que estão em condições melhores que muitos. E são essas pessoas que a Ordem acolherá e ajudará a obter o conhecimento necessário para que possam transformar suas vidas.
Obviamente muitos leigos questionarão, pois para alguns, qualquer Ordem deve ornar poder, dinheiro, status... mas estes são os que ausentam-se de conhecimento e colocam-se automaticamente às margens do saber. Um dos maiores fundamentos da Ordem de Lancaster é manter o coração puro e a mente aberta, para que o conhecimento adquirido pela mente possa ser aplicado pelo coração através do amor e da caridade.
Crux Sacra Sit Mihi Lux
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