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Cartas-->A Professora Selma -- 18/03/2002 - 23:51 (Mauro de Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Olinda, 15 de novembro de 2000


Prezada Prof. Selma


Tomei a liberdade de coloca-la na lista de endereços do meu navegador. No entanto, se lhe causar problemas, peço que me comunique para que proceda a retirada.
Como respondi a sua solicitação com um pouco de pressa, não pude fazer os comentários que a Sra. me solicitou.
Há muito tempo que perco o meu tempo mandando cartas para jornais, revistas e autoridades. Sinto no entanto, que todos parecem estar comprometidos. Livres, somos nós que não pertencemos a partidos políticos, jornais revistas ou grandes grupos econômicos. Por essa razão, creio que o seu estudo a respeito, deverá proporcionar um outro tipo de liberdade que anda escondida nos tapetes dessas entidades. Quando escrevemos ou damos alguma opinião sobre coisas ou pessoas, somos responsáveis pelo que escrevemos. Não há razão para que sejam cortados nossos pensamentos ou opiniões, por interesse dos outros, que normalmente nos fazem engolir aquilo que eles pensam.
Não fosse o meu português ruim, já teria escrito um livro, com mais de 500 crônicas e artigos sobre os mais diversos assuntos, principalmente políticos e econômicos que tenho guardado em meu computador. Algumas falam da nossa história recente (Sarney a FHC). São fatos que se passaram na época e mereceram críticas e aplausos, mas que hoje meus filhos que viveram o momento nada sabem do assunto. No futuro, acredito que terá algum valor pelo menos como lembrança.
Resolvi no entanto, jogar na rede o que escrevi e que escreverei de agora por diante. Há um Site chamado USINADELETRAS.COM.BR, que recebe qualquer tipo de escrito e deixa gratuitamente em suas páginas. Nele acompanhamos quantas pessoas leram cada artigo ou crônica que escrevemos. É muito estimulante, principalmente para a nova geração que não gosta de ler nem escrever. A isso eu chamo uma nova forma de liberdade, que nenhuma constituição do mundo poderá proibir. Todas falam na liberdade pensamento e expressão, no entanto a liberdade não existe. Há pouco meses pediram-me para escrever sobre o tema, A Liberdade em suas mãos. Foi a Directv. Fiquei tão revoltado que escrevi o seguinte artigo:
LIBERDADE


“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito a vida, a liberdade à igualdade, a segurança e à propriedade”
“Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”
“E livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com os seus bens”...
“São direitos sociais, a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção a maternidade e a infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.”
Ele é um cidadão livre e tem todos os direitos;
Ele tem a liberdade para falar mas ninguém o ouve;
Ele tem a liberdade de ouvir nas ninguém lhe fala;
Ele tem a liberdade de ver mas ninguém lhe mostra;
Ele tem a liberdade de chorar mas ninguém o consola;
Ele tem a liberdade das mãos mas ninguém lhe da trabalho;
Ele tem a liberdade de pensar mas a miséria não lhe permite;
Ele tem a liberdade para se locomover mas ninguém o transporta;
Ele teve a liberdade de nascer mas ninguém lhe deu o direito de viver;
Ele tem o direito e a liberdade de ler mas ninguém lhe ensina;
Ele tem o direito a saúde mas ninguém o trata;
Ele tem o direito a assistência mas ninguém o ampara;
Ele tem o direito que seus filhos sejam protegidos mas ninguém os protege;
Ele tem direito a segurança mas ninguém o garante;
Ele tem direito ao lazer mas ninguém o diverte;
Ele tem o direito de comer mas ninguém o alimenta;
Ele tem o direito a um teto mas vive no relento;
Ele tem o direito a justiça mas a lei dificulta o seu acesso;
Ele tem a liberdade de sonhar mas não tem o direito de dormir;
Ele tem todos os direitos e a liberdade assegurados na Constituição, mas é um Excluído pelos mesmos que um dia redigiram, aprovaram e aclamaram, aquele monte de palavras, que hoje repousam em um livro nas prateleiras das bibliotecas dos três poderes e nas residências dos mais privilegiados.
Apenas um direito lhe foi dado. O da igualdade. Ele é igual a mais cinco milhões de brasileiros, que nascem na miséria, vivem na miséria e morrem da miséria, nunca souberam dos seus direitos, e jamais saberão o gosto do que chamamos de LIBERDADE.
Ainda é tempo que se faça uma emenda constitucional e se escreva o último artigo que todos omitiram:
Art. 246 - Ao Excluído, será dada a liberdade de não nascer, e se nascer, morrer em qualquer tempo, a seu critério, desde que enquanto viver não faça uso do benefício de nenhum a artigo desta Carta Magna.
Ele também é um BRASILEIRO.
Mauro de Oliveira
12/08/2000

Não recebi nem uma linha de resposta, nem confirmaram o recebimento. Nada, absolutamente nada. Provavelmente foi censurado.
Com o seu trabalho, e a internet, acredito que poderemos mudar um pouco o conceito da livre opinião.
Sem mais, na esperança de que tenha contribuído para o seu trabalho, aceite as minhas,
Cordiais Saudações
Mauro de Oliveira

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