Mais uma madrugada de filas intermináveis, junto aos postos do INSS, de aposentados e pensionistas, desta vez pelo encerramento de mais uma greve dos servidores daquela autarquia. E o Poder Executivo, ao que tudo indica, não está preparado para resolver os problemas mais simples de uma emperrada máquina administrativa, sem rumo e sem partida, e que só pega no tranco, empurrada pela pressão da sociedade, em geral.
Este governo, decididamente, e cada vez mais, vive o desgaste político desnecessário - posto que perfeitamente previsível – quando insiste em priorizar as questões de ordem econômico-financeira e político-eleitoreiras, em detrimento de outras que mais de perto interessam ao povo que o elegeu.
A greve dos servidores do INSS durou 46 dias, tempo mais do que suficiente para que o governo, prevendo que ao seu término - a exemplo de vezes anteriores -, haveria considerável aumento de demanda de segurados, aos postos de benefícios, pudesse por em prática soluções simples para evitar o sofrimento dos segurados e o seu próprio desgaste.
Bastaria, por exemplo, divulgar pela mídia, logo após o término do movimento grevista, que o atendimento ao público e segurados seria feito com observância da inicial do nome das pessoas, obedecendo, por exemplo, a seguinte tabela: De A a F, na segunda-feira; de G a L, na terça; de M a R, na quarta; De S ao final, incluindo W e Y, na quinta; e na sexta, independente da inicial do nome, seriam atendidos os segurados portadores de quaisquer necessidades especiais, de qualquer tipo, que dificultasse sua presença nos postos do INSS.
Fica a sugestão para a próxima greve.
11 de junho de 2004.
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