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Artigos-->RUBENIO MARCELO, parabéns, com louvor! (ERRATA) -- 28/05/2004 - 16:33 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


RUBENIO MARCELO, parabéns, com louvor!....

(Por Domingos Oliveira Medeiros)



É temeroso considerar como verdade absoluta a assertiva segunda a qual a imagem diz muito mais do que a palavra. Explico: quando admiramos uma obra de arte - um quadro, por exemplo -, fazemos nossa leitura particular, que, em tese, difere, quase sempre, das demais.



E tudo isso acontece à revelia da própria intenção do artista. O autor da obra, ao torná-la de conhecimento público, (cuja compreensão é sabidamente complexa, diversa, mística e misteriosa, por natureza), perde, por assim dizer, a paternidade de sua criação, que passa a ter vida própria. podendo, inclusive, agregar, ao seu conjunto, novas idéias e novas concepções



Quando partimos da palavra para construir uma imagem, o mesmo raciocínio prevalece.



O que faz a diferença entre imagens, palavras, formas, tonalidades, luz, brilho e movimentos, é o talento do artista. Se o talento se faz presente, a comunicação, vale dizer, a compreensão, tende a ser imediata e, na maioria dos casos, semelhantes. Aqui estamos diante de obras ditas de qualidade. De valor artístico superior.



Aqui, cabe, por inteiro, o exemplo do poeta e escritor, Rubenio Marcelo.



Com o belo poema “Frígida Efígie”, fruto de seu inigualável talento, nosso amigo colocou-se, com justiça, a frente de todos os seus concorrentes – não menos talentosos - , obtendo, recentemente, o Prêmio Máximo da “VII Noite Nacional da Poesia – 2004”, um dos mais importantes eventos do gênero, que acontece anualmente no Estado de Mato Groso do Sul. Por conta disso, merecidas foram as homenagens e os destaques publicados no Correio do Estado de Mato Grosso do Sul.



Através daquele conceituado órgão de imprensa, ficamos sabendo do encerramento daquela auspiciosa noite de poesia, que contou com a presença da ilustre jornalista e escritora Nélida Piñon, entre outras autoridades que estiveram no Teatro Fernanda Montenegro por ocasião das premiações aos participantes daquele concurso, com destaque para o vencedor maior, nosso mestre e amigo RUBENIO MARCELO.



Mas quem é esse homem, o Rubênio? Que faz poesia por gosto, com talento e com a pureza e a simplicidade de uma criança?



Com a profundidade dos que acumulam experiência? E com a humildade dos que ainda conseguem ficar emocionados e surpresos com o resultado, sempre positivo, de suas investidas poéticas? Como se não soubesse que o seu Parceiro Maior, lá de cima, há tempos, contribui para que tudo caminhe a contento.



Rubenio é desse jeito. Parece que está, sempre, escrevendo algo pela primeira vez. Posto que nunca perde o entusiasmo.próprio dos que se consideram eternos aprendizes.



Para conhecê-lo melhor, basta olhar nos seus olhos; acompanhar a harmonia de sua prosa e de sua rima. É suficiente olhar no seu rosto refletido, a imagem de um gênio.; e descobrir o talento incontido. No seu falar sobre o mundo e suas coisas; sobre a paz; sobre o amor; sobre as relações entre os homens. E somos forçados a admirar o amigo. Aquele, de quem se fala: o homem e o poeta, Rubenio.



Que nos emociona e surpreende a todo momento. Pelas efígies frígidas, reais ou fictícias, não importa: ele as retrata com maestria; do que vê com os olhos da poesia. Assim é Rubênio.



Desmontando, peça por peça,o imenso jogo de cartas embaralhadas e, por vezes, escondidas por interesses escusos, nos leva a refletir sobre o grande espetáculo e o imenso mistério que é a vida. A partir, no presente caso, da efígie de Saddam; Saddan, de poderes infernais. De armas letais. Vil e perverso. Que logo vira troféu. Sem que o vencedor desta triste contenda, não menos cruel, saiba dizer em que local; onde ficaram as armas de destruição em massa. Argumentos diabólicos; inconsistentes: pura fumaça.



Rubênio tem a visão serena da justiça e da paz. Olhou para o rendido, e, antes, destemido, o demônio da imagem sem afã; o Saddam, o satã. E fotografou a sua imagem, inimaginável: efígie distorcida e frágil; Sem o abrigo da família. De seus exércitos. De armas mui letais. Que assombrava seus rivais. Agora, jaz humilhado. Derrotado. Cabisbaixo. Incapaz. Confuso e difuso no seu olhar perdido. Sem futuro. Sem passado. Esquecido.



Rubênio invadiu o íntimo do ser humano vencido e , quiçá, arrependido.

Mas não esqueceu do invasor, desmedido. Insensato e parecido.Tão frígido e cruel como a sua invenção.



Aqui estão as armas de destruição em massa. Onde sempre estiveram. A fabrica de pessoas e demônios como o próprio Saddam. Desde o tempo em que não se fazia perigo iminente. “Trágica, ameaça, made in USA”. O senhor da hecatombe, que o fez assim, seu criador. Estamos falando de Rubenio, o grande poeta e escritor. E de Hussein. E de Bush. A criação e o criador. Estamos falando das coisas do mundo. Ditas com talento e poesia. Sem amargor. Sem as tristezas da guerra fria. Estamos falando da frigidez e da efígie. Estamos falando de escrever com maestria. Estamos falando de Rubenio.



São pessoas e poemas como estes que revigoram nossas forças e nos fazem acreditar num mundo melhor: Sem invasores; sem invadidos; sem mocinho e sem bandido. Vale a pena rever este momento mágico, a seguir reproduzido:







“FRÍGIDA EFÍGIE

© Rubenio Marcelo





Olhem os olhos daquele homem,

Aquela barba de mendigo;

Aquele rosto sem desvelo,

Irrefletido, em desabrigo;

Aquela imagem sem afã...

Aquele – dizem – é satã:

Do mundo, o maior inimigo.



Aquele – dizem – é Saddan,

Dono de armas mui letais:

Basta ele apertar um botão,

O globo rui seus pedestais...

Falaram que ele é vil, perverso;

Derrocará o universo

Com seus poderes infernais...



Olhem o rosto daquele homem,

Em silêncio transcendental,

Fragílimo – em solidão cruel –

Agora entregue ao seu rival;

Ah... Agora virará troféu,

Farão taça do seu labéu.

Mas que dirão do seu final?



Onde suas armas biológicas

E as de destruição em massa?

Onde os controles invencíveis

E as gramas minadas da praça?

E as bactérias e seus vírus,

Os seus exércitos, seus tiros?...

– Onde?!... Sumiram na fumaça?



Olhem os olhos daquele homem,

Aquele porte maltrapilho;

Aquela face alquebrada,

Aquela barba de andarilho;

Aquela catadura vã...

Aquele – dizem – é satã:

Da paz, o maior empecilho.



Aquele – dizem – é Hussein,

De coração-detona(dor);

Quântico crânio de urânio,

Homem-relógio-do-terror...

Aquela ameaça obtusa,

Trágica, amarga, made in USA,

É, da hecatombe, o senhor (!?)



Olhem os olhos daquele homem,

Com aquela expressão pagã...

Aquela face vulnerável,

Tão miserável, sem elã...

Sem sua família e sem graça,

Sem seus exércitos, sem raça.

Aquele – dizem – é satã!”.





Um abraço ao companheiro e mestre Rubenio. Em 27/05/2004

Seu amigo e admirador Domingos.







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