“Literatura e jornalismo lidam com um mesmo instrumento de trabalho - a língua - acabam por concluir que ambos têm objetivos diferentes.
Essas diferenças estariam sempre presentes, de forma irreconciliáveis.
Se não há contradição, há diferença; diferença no tom e na finalidade com que se usa o instrumento.
O estilo do jornalista, bem como sua linguagem, não se apura tão bem como o do escritor. Falta, em regra, a densidade dos verdadeiros estilos literários, que se obtém pela paciência e pela obstinação em perseguir a forma perfeita, artisticamente trabalhada: para o escritor a língua não é um simples meio de comunicação com o público contemporâneo, mas um meio de expressão artística, válido para a posteridade.”
Carlos Peixoto
Jornalista e Diretor de Redação do jornal Tribuna do Norte
“A leitura dos jornais e revistas seria menos penosa se os profissionais buscassem o amparo de professores que ensinam a baixo custo. O preço do curso é o dos livros.
Como descrever paisagens em momentos de muita ação? Procure em Ernest Heminguay. Como ligar parágrafos ou capítulos sem a sensação de que alguma ponte desabou? Tente Gay Talese.
Qual é o segredo do coquetel de adjetivos e advérbios que provoca o fenômeno da levitação? Gabriel García Márquez conhece...”