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Poesias-->OUTRO SONETO APARENTE -- 10/02/2002 - 17:02 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Soavam as trombetas dos anjos anunciando o juízo final.

Na imensidão de um espaço que não existe,

As lamentações não se faziam ouvir

E uma multidão que se não via estava se bipartindo.



Eu, louco, desvairado, caminhava com o rosto sereno

e dirigia-me para a eternidade do mal, voluntariamente,

tendo consciência da minha fraqueza na vida,

julgando não ter feito o que me levasse ao céu.



Subitamente, um anjo de luz, todo branco, visível,

dirigiu-se a mim e conduziu-me para junto de Deus

e eu não compreendi por que, quando ouvi o intangível:



“As fragas do mar batiam revoltas no casco da nave.;

não havia salvação. Apenas o comandante escapou porque fugiu:

não cumpriu seu dever de homem, mas o de existente.”



26.12.58.





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