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Artigos-->Ganhos possiveis e visiveis- reflexao sobre economia -- 25/05/2004 - 23:12 (sandra ethel kropp) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estamos cansados de ouvir reclames apelativos para que economizemos água.

A economia é necessária porque as chuvas diminuíram e com ela o nível dos rios e represas. Menos água disponível para nosso consumo.

Nós queremos contribuir com a política de “boa vizinhança” do governo. Vamos pensar em nós e nos vizinhos, usar menos água que assim sobra pra toda a rua.

A economia é um sacrifício.

Sacrificamos o banho dos filhos pequenos, roupa pra lavar que já é pouca porque vestuário está muito caro. Não importa..Mas nessa onda vamos todos colaborar com a campanha de economia. Mesmo que no mundo oitenta por cento do planeta seja água. Pura água, concentrada em oceanos, rios, lagos, etc.

Mas onde está esta água?

Maio este ano choveu um quarto em relação ao normal do período. Os banhos que tomamos são cronometrados. Os meus não passam de cinco minutos. As descargas ecológicas usam o mínimo de água. Enfim, estamos nos privando do que existe de mais abundante neste mundo em troca de um possível racionamento.

Eu não sei se a proporção continua a mesma, nas proximidades de setenta de água para trinta de terra.

Mas convido a todos a refletir sobre uma questão: no Brasil, as terras estão cada vez mais ocupadas. Seja por invasão de MST, por crescimento desordenado ou pela própria expansão decorrente do aumento de população, que se concentra em sua maior parte nas regiões sul e sudeste.

Não há um crescimento real do espaço disponível, mas sim uma ocupação das terras que antes estavam vagas ou mal-aproveitadas.

Terras muitas que ficaram largadas, abandonadas. Algumas sem cultivo, o que as fez piorar em muito sua qualidade. Outras muito desmatadas, ou com mato de mais. Terras que estão expostas às chuvas, mas sem tratamento adequado. Como se a torneira ficasse ligada e ninguém se utilizasse dela para lavar as mãos, tomar banho, etc.

A torneira de São Pedro se abre muito para as terras de nosso Brasil.

No entanto, sabemos bem que a agricultura é um dos fortes do Brasil mas não é o que o Brasil quer se considerar forte.

Prefere-se atenção à industria e incentivos a ocupação de terras vagas em regiões de pouca população. Tudo para incentivar o desenvolvimento e alavancar a produção em zonas pouco desenvolvidas.

Muitos problemas decorrem da migração destes pólos industriais, a começar por mão de obra desqualificada, dificuldades de transporte, etc. Principalmente porque se tratam de zonas primariamente agrícolas.

Eu acho que migrar a agricultura para a cidade de São Paulo é o mesmo que falar que em um dia aprendo a falar chinês. Impossível.

Por outro lado, manter estas terras disponíveis para o incentivo à produção agrícola com a mesma intensidade que a industrial é perfeitamente possível.

Mas a viabilidade disto só será realmente analisada no momento em que estas terras se mostrarem um pouco convidativas ao plantio. E isso só é possível com o investimento tecnológico e com o aproveitamento real dos recursos naturais, como a AGUA.

Então proponho a seguinte reflexão:Será que a água desprezada nas zonas rurais, em terras abandonadas, não corresponde àquela que o governo exige que economizemos com receio de um racionamento?

Pode ser que exista “AGUA SOBRANTE”. Mas ela pode existir não exatamente onde se precise dela.Sabemos que é dificil migrar esta agua para um local muito distante, mas esta “água sobrante” certamente terá algum destino se lhe for dada a devida atenção.

Sendo assim, acho que devemos propor uma outra questão:

Economizar água é importante para que ela não nos falte. Mas QUAIS OS BENEFICIOS REAIS desta economia alem do fato de evitarmos um possível racionamento?

-quantas famílias podem ser beneficiadas com o uso desta “água sobrante” se disponibilizada para áreas em que recursos hídricos são raros?

-O que pode ser plantado/ cultivado em regiões em que a terra precisa ser

melhor irrigada com esta “água sobrante”?

- No que esta economia de água reflete-se em economia real e como esta sendo direcionada?

- Como a SABESP( ou outra companhia de básico) controla a real economia?

- Etc.

Todos nós quando participamos de campanhas como esta para economizar água, da DENGUE, racionamento de energia, etc, não queremos apenas ser restringidos em seu uso.

Mas já que realmente se faz necessária uma medida destas, devemos devolver à sociedade de maneira real os benefícios que ela mesma propiciou.

Sem tanta propaganda e tantos números. Mas com resultados palpáveis em nossos bolsos.

Se esta “água sobrante” pode servir para a plantação de tomate ou banana no interior de Minas e baratear o custo deste legume e desta verdura( mesmo que eu more em São Paulo, por exemplo), o meu bolso vai agradecer. Porque a comida esta mais barata.

Agora, se a empresa de linhas ou outra qualquer obteve um beneficio fantástico para se mudar para esta mesma terra, o meu bolso talvez sinta o efeito contrario. A linha que uso para costurar pode até ficar mais cara dado o custo do transporte.

Enfim: quando órgãos estaduais, federais, municipais, etc iniciarem uma campanha que envolva a participação do povo, não esqueçam: QUANTO MAIOR O RETORNO QUE ESTA ECONOMIA PROPORCIONAR, MELHORES SERAO OS RESULTADOS. E devemos começar por aquilo que é mais básico e mais barato: ALIMENTAÇÃO.

E não adianta esperar pra calcular quanto se economizou. Vamos apostar na economia e garantir um mínimo de retorno real sobre o esforço que todo o povo do Brasil faz pra economizar.

Por este motivo, campanha de economia devia ter outro foco: toda economia traz algum ganho real. Vamos identificar qual pode ser este ganho e disponibiliza-lo à sociedade. O alvo da campanha não será a economia de uns , mas o ganho de todos. E o que importará não é economizar, mas ECONOMIZAR COMO FORMA DE GANHAR. Nem que seja depois. Contando que este depois em breve virá e se verá.

Sem esquecer que ai o anuncio não precisa ser apelativo nem cansativo.

Porque só se apela ou só se torna cansativo quando se quer provar o que não existe.

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