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Infanto_Juvenil-->O PEQUENO EXCLUÍDO -- 25/05/2009 - 21:26 (GIVALDO ZEFERINO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pedrinho não tem pai, não tem mãe,
está sozinho na rua, maltrapilho e rejeitado.
Pedrinho sente frio, sente fome, sente sede,
está fraquinho, definha,
descarnado, miúdo e minguado.

- Quem vai cuidar de Pedrinho?
- Eu não posso, o meu dinheiro não dá.

Pedrinho quer carinho,
necessita de brincar,
conviver com outros meninos,
cantos ouvir de ninar.

Mas Pedrinho está na rua, olhando os outros que passam, pedindo um taco de pão para matar sua fome.

- Quem vai cuidar de Pedrinho?
- Eu não posso, tenho filhos para criar.

Pedrinho quer amor, importante quer ser gente, ter a chance de viver uma vidinha decente.
Roupas, sapatos, brinquedos, ir para a escola estudar; quer um lápis, um caderno, quer massa de modelar.

- Quem vai cuidar de Pedrinho?
- Eu não posso, o meu dinheiro não dá.

Pedrinho quer presentes,
quer beber refrigerantes,
tomar banho de piscina,
ir no parque passear.

No dia de aniversário,
um bolo grande e gostoso,
com velinhas coloridas,
Pedrinho quer granjear.

- Quem vai cuidar de Pedrinho?
- Eu não posso, tenho filhos para criar.

Pedrinho pequenino, inocente, sonhador, solitário, pés descalços, roupa suja, dentes podres...
sente fome, cheira cola, come lixo, na calçada deita e dorme, Pedrinho marginal, maloqueiro, se aproxima pede um troco...
-Vai embora Menino! Não é hora de estar na rua!
- Cai fora, moleque!
Magoado, o moleque repara o menino bonito e limpinho que cruza os olhares também com os seus.
Não sabe ler, não sabe escrever, não sabe da hora, não sabe onde mora, não sabe o que é lei...
Não sabe quem é o presidente da República, o governador do Estado, o prefeito da cidade... Ele só sabe que existem pessoas bonitas, cheirosas, ricas... Carros elegantes e velozes... Dinheiro que compra tudo o que se quer... e que ele nada tem. Ele nem sabe que é gente!...
E começa a crescer...
Um início de barba invade o seu rosto...
Já sente atração pela moça que passa e nem lhe dá bola.
Já quer namorar, quer curtir... E agora?...
Olha os casais sorridentes que vão à igreja rezar e nem o percebem, deitado sobre um papelão, coberto por um molambo velho, sujo e fedorento...
- Jesus!...
- Jesus?... Pedrinho-Jesus?...
- Um pobre diabo, compará-lo a Jesus?
- Jesus é o Filho de Deus! Pedrinho é filho da rua...
Ele nem sabe quem é Jesus. Ninguém nunca lhe ensinou.

No dia dezoito de um mês qualquer, prenderam Pedrinho por vagabundagem.
Com seus vinte anos, falando já grosso, Pedrinho, drogado, jogado nas grades, sorria sonhando um sonho bonito, pois, feio se fora, ele não sorriria.
E ria e sorria e cantava. Ninguém jamais soube por que ele ria.
Ele era espancado e o riso irritante também irritava os comparsas da cela.
Aos poucos, o seu riso se foi dissipando, seu corpo franzino rolou pelo solo, e um grito estrondoso ecoou no espaço:
“Mãe... já estou indo!... Me espere, mamãe!”.
Está morto. Já não sorri mais...

Ninguém quis cuidar de Pedrinho;
ninguém pôde cuidar dele...
As garotas não o amaram...
As pessoas renegaram-no...
Ele não soube reagir, e...
Solitário, sucumbiu.
Pedrinho não tem pai, não tem mãe,
está sozinho na rua, maltrapilho e rejeitado.
Pedrinho sente frio, sente fome, sente sede,
está fraquinho, definha,
descarnado, miúdo e minguado.

- Quem vai cuidar de Pedrinho?
- Eu não posso, o meu dinheiro não dá.

Pedrinho quer carinho,
necessita de brincar,
conviver com outros meninos,
cantos ouvir de ninar.

Mas Pedrinho está na rua, olhando os outros que passam, pedindo um taco de pão para matar sua fome.

- Quem vai cuidar de Pedrinho?
- Eu não posso, tenho filhos para criar.

Pedrinho quer amor, importante quer ser gente, ter a chance de viver uma vidinha decente.
Roupas, sapatos, brinquedos, ir para a escola estudar; quer um lápis, um caderno, quer massa de modelar.

- Quem vai cuidar de Pedrinho?
- Eu não posso, o meu dinheiro não dá.

Pedrinho quer presentes,
quer beber refrigerantes,
tomar banho de piscina,
ir no parque passear.

No dia de aniversário,
um bolo grande e gostoso,
com velinhas coloridas,
Pedrinho quer granjear.

- Quem vai cuidar de Pedrinho?
- Eu não posso, tenho filhos para criar.

Pedrinho pequenino, inocente, sonhador, solitário, pés descalços, roupa suja, dentes podres...
sente fome, cheira cola, come lixo, na calçada deita e dorme, Pedrinho marginal, maloqueiro, se aproxima pede um troco...
-Vai embora Menino! Não é hora de estar na rua!
- Cai fora, moleque!
Magoado, o moleque repara o menino bonito e limpinho que cruza os olhares também com os seus.
Não sabe ler, não sabe escrever, não sabe da hora, não sabe onde mora, não sabe o que é lei...
Não sabe quem é o presidente da República, o governador do Estado, o prefeito da cidade... Ele só sabe que existem pessoas bonitas, cheirosas, ricas... Carros elegantes e velozes... Dinheiro que compra tudo o que se quer... e que ele nada tem. Ele nem sabe que é gente!...
E começa a crescer...
Um início de barba invade o seu rosto...
Já sente atração pela moça que passa e nem lhe dá bola.
Já quer namorar, quer curtir... E agora?...
Olha os casais sorridentes que vão à igreja rezar e nem o percebem, deitado sobre um papelão, coberto por um molambo velho, sujo e fedorento...
- Jesus!...
- Jesus?... Pedrinho-Jesus?...
- Um pobre diabo, compará-lo a Jesus?
- Jesus é o Filho de Deus! Pedrinho é filho da rua...
Ele nem sabe quem é Jesus. Ninguém nunca lhe ensinou.

No dia dezoito de um mês qualquer, prenderam Pedrinho por vagabundagem.
Com seus vinte anos, falando já grosso, Pedrinho, drogado, jogado nas grades, sorria sonhando um sonho bonito, pois, feio se fora, ele não sorriria.
E ria e sorria e cantava. Ninguém jamais soube por que ele ria.
Ele era espancado e o riso irritante também irritava os comparsas da cela.
Aos poucos, o seu riso se foi dissipando, seu corpo franzino rolou pelo solo, e um grito estrondoso ecoou no espaço:
“Mãe... já estou indo!... Me espere, mamãe!”.
Está morto. Já não sorri mais...

Ninguém quis cuidar de Pedrinho;
ninguém pôde cuidar dele...
As garotas não o amaram...
As pessoas renegaram-no...
Ele não soube reagir, e...
Solitário, sucumbiu.
Pedrinho não tem pai, não tem mãe,
está sozinho na rua, maltrapilho e rejeitado.
Pedrinho sente frio, sente fome, sente sede,
está fraquinho, definha,
descarnado, miúdo e minguado.

- Quem vai cuidar de Pedrinho?
- Eu não posso, o meu dinheiro não dá.

Pedrinho quer carinho,
necessita de brincar,
conviver com outros meninos,
cantos ouvir de ninar.

Mas Pedrinho está na rua, olhando os outros que passam, pedindo um taco de pão para matar sua fome.

- Quem vai cuidar de Pedrinho?
- Eu não posso, tenho filhos para criar.

Pedrinho quer amor, importante quer ser gente, ter a chance de viver uma vidinha decente.
Roupas, sapatos, brinquedos, ir para a escola estudar; quer um lápis, um caderno, quer massa de modelar.

- Quem vai cuidar de Pedrinho?
- Eu não posso, o meu dinheiro não dá.

Pedrinho quer presentes,
quer beber refrigerantes,
tomar banho de piscina,
ir no parque passear.

No dia de aniversário,
um bolo grande e gostoso,
com velinhas coloridas,
Pedrinho quer granjear.

- Quem vai cuidar de Pedrinho?
- Eu não posso, tenho filhos para criar.

Pedrinho pequenino, inocente, sonhador, solitário, pés descalços, roupa suja, dentes podres...
sente fome, cheira cola, come lixo, na calçada deita e dorme, Pedrinho marginal, maloqueiro, se aproxima pede um troco...
-Vai embora Menino! Não é hora de estar na rua!
- Cai fora, moleque!
Magoado, o moleque repara o menino bonito e limpinho que cruza os olhares também com os seus.
Não sabe ler, não sabe escrever, não sabe da hora, não sabe onde mora, não sabe o que é lei...
Não sabe quem é o presidente da República, o governador do Estado, o prefeito da cidade... Ele só sabe que existem pessoas bonitas, cheirosas, ricas... Carros elegantes e velozes... Dinheiro que compra tudo o que se quer... e que ele nada tem. Ele nem sabe que é gente!...
E começa a crescer...
Um início de barba invade o seu rosto...
Já sente atração pela moça que passa e nem lhe dá bola.
Já quer namorar, quer curtir... E agora?...
Olha os casais sorridentes que vão à igreja rezar e nem o percebem, deitado sobre um papelão, coberto por um molambo velho, sujo e fedorento...
- Jesus!...
- Jesus?... Pedrinho-Jesus?...
- Um pobre diabo, compará-lo a Jesus?
- Jesus é o Filho de Deus! Pedrinho é filho da rua...
Ele nem sabe quem é Jesus. Ninguém nunca lhe ensinou.

No dia dezoito de um mês qualquer, prenderam Pedrinho por vagabundagem.
Com seus vinte anos, falando já grosso, Pedrinho, drogado, jogado nas grades, sorria sonhando um sonho bonito, pois, feio se fora, ele não sorriria.
E ria e sorria e cantava. Ninguém jamais soube por que ele ria.
Ele era espancado e o riso irritante também irritava os comparsas da cela.
Aos poucos, o seu riso se foi dissipando, seu corpo franzino rolou pelo solo, e um grito estrondoso ecoou no espaço:
“Mãe... já estou indo!... Me espere, mamãe!”.
Está morto. Já não sorri mais...

Ninguém quis cuidar de Pedrinho;
ninguém pôde cuidar dele...
As garotas não o amaram...
As pessoas renegaram-no...
Ele não soube reagir, e...
Solitário, sucumbiu.
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