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Artigos-->SAMURAI (A maior casta guerreira da história) -- 20/05/2004 - 23:06 (CARLOS CUNHA / o poeta sem limites) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos














SAMURAI

(A maior casta guerreira da história)





Introdução



O termo samurai corresponde à elite guerreira do Japão feudal. Na época dos xogunatos, a posição do samurai consolidou-se como um grupo seleto da sociedade. As armas e armaduras que usavam eram símbolos de distinção e a manifestação de ser um samurai. Porém para armar um samurai era necessário mais que uma espada e uma armadura. Parte de seu equipamento era psicológico e moral; eram regidos por um código de honra muito precioso, o bushido (caminho do guerreiro), no qual a honra, lealdade e coragem eram os princípios básicos. A espada era considerada a alma do samurai. Todo bushi (nome da classe dos samurais), portava na cintura duas espadas, o katana (espada longa) e wakisashi, essas espadas eram o símbolo-distintivo do samurai.



História



Partindo de uma origem modesta, como soldados de milícia e guardiões da corte imperial, os samurais tomaram efetivamente o poder no ano de 1185. Totalizando à essa época, cerca de 6% da população japonesa, os samurais ( aquele que presta serviços ) floresceram numa sociedade feudal em que se garantia lealdade a um chefe guerreiro necessitado de soldados para proteger e expandir seus domínios.



Antes, o imperador estava no topo da cadeia de vassalagem no Japão. Porem, com a ascenção dos samurais, o imperador tornou-se figura decorativa. O xogun detinha o controle máximo. As freqüentes guerras entre clãs, todavia, minavam o seu poder.



À medida que foi se alternando a configuração dos conflitos armados, sua postura modificou-se. Os samurais começaram como cavalheiros guerreiros eqüestres, mas, com a crescente rivalidade entre os clãs, diante de exercito cada vez maiores, passaram a ser treinados no combate corpo a corpo.

Em sua versão final, durante os 250 anos de paz com os xoguns da era Tokugawa, muitos guerreiros samurais, viraram aristocratas ociosos, instalados no topo de um rígido sistema de classes. Em primeiro, vinha o samurai ou bushi, a classe mais alta, somente esta podia portar duas espadas; Em seguida, os fazendeiros, que chegavam a dar 60% das safras de arroz, medido em unidades chamadas koku, aos samurais; Os artesãos, terceiro lugar nas classes, davam roupas, espadas, armaduras e saquê; Por último, os comerciantes, marginalizados pela elite, ocupavam o mais baixo estrato.

Suas habilidades militares decaíram e eram suplantados em riquezas por muitos comerciantes. Até que no fim dos anos 1860, as forças leais ao imperador, incluindo samurais descontentes, derrubaram a outrora indômita classe guerreira.



Samurai



O estilo de vida e a tradição militar dos samurais dominaram a cultura japonesa durante séculos, praticamente até os dias de hoje. No início, os samurais realizavam atividades minoritárias tais como, as funções de cobradores de impostos e servidores da corte imperial. Com o passar do tempo, o termo samurai foi sancionado e os primeiros registros, datam do século X, situando-os ainda como guardiões da corte imperial, em Kyoto e como membros de milícias particulares a soldo dos senhores provinciais.

teria que se engajar nas artes militares para então, por fim, ser contratado por um senhor feudal ou daimyo, mas enquanto isso não acontecia, esses samurais, eram chamados de rounin. Tal denominação era dada quando um samurai não tinha um senhor feudal para servir, ou quando o senhor a quem servia, morresse. Na época do xogunato Tokugawa (1603), quando os samurais passaram a constituir a mais alta classe social (bushi), não era mais possível à um cidadão comum, tornar-se samurai, pois o título "bushi", começou a ser passado de geração em geração. Só um filho samurai poderia tornar-se samurai e este tinha direito a um sobrenome. Desde o surgimento dos samurais, só estes tinham direito a um sobrenome, mas com a ascensão dos samurais como uma elite guerreira sob os auspícios da corte imperial, todos os cidadãos passaram a ter um sobrenome.



Nos campos de batalha assim como em duelos, os combatentes enfrentavam-se como verdadeiros cavalheiros. Na batalha, um guerreiro costumava galopar até a linha de frente inimiga para anunciar sua ascendência, uma lista de feitos pessoais, bem como as façanhas do seu exército ou de sua facção. Depois de encerrada tais bravatas é que os guerreiros atacavam-se. O mesmo acontecia num duelo. Antes de entrar em combate, os samurais se apresentavam, reverenciavam seus antepassados e enumeravam seus feitos heróicos para depois entrarem em combate.



Harakiri



Para evitar a desonra da captura ou a vergonha de sair vivo de um duelo quando derrotado, o samurai praticava um ritual chamado seppuku, que significa: suicídio ventral. No geral, segundo seu código de conduta, quando um samurai perdia sua honra de alguma forma, ele se via na obrigação de cometer o suicídio.

O harakiri, como também é chamado tal suicídio, se baseia numa morte lenta e dolorida, em que o samurai fincava uma pequena espada ao lado do abdômen e cortava o próprio ventre de uma ponta a outra. Porém, antes de atravessar o abdômen com uma lâmina, era feito todo um ritual, que ia desde a composição de um poema de morte por parte do samurai, até um banho de purificação do corpo e da alma. Depois o samurai se recostava num pequeno banco de modo que quando morresse, seu corpo não caísse pra trás. Pegava então sua espada curta ou uma adaga afiada e cortava o corpo na altura do abdômen, terminando por puxar a lamina pra cima. Era importante o samurai ter total auto-controle e não mostrar sinais de medo ou dor. Caso o samurai não tivesse mais agüentando a dor, um parente ou amigo íntimo entre os espectadores do ritual, empunhava uma espada e com ela, decepava a cabeça do samurai de modo que a espada não transpassasse totalmente o pescoço do samurai, deixando sua cabeça pendurada por uma fina camada de pele, para que ela não rolasse no chão.

Entretanto, o ritual nem sempre poderia ser seguido nesses detalhes. Nos campos de batalha por exemplo, pra evitar de ser capturado, o samurai derrotado apenas enfiava a espada em seu abdômen.

O suicídio tem um enorme valor no Japão, pois difere os samurais das outras castas guerreiras e prega o conceito de que mais vale a morte do que a desgraça de ter o próprio nome desonrado. Essa influência se vê ainda nos dias de hoje e um exemplo comum disso, são os pilotos kamikase da Segunda Guerra Mundial.



Arte e Cultura



Fora do campo de batalha, o mesmo guerreiro que colhia cabeças como troféu de combate era também um fervoroso budista. Membro da mais alta classe, empenhava-se em atividades culturais, como arranjos florais (ikebana), poesia, além de assistir a peças de teatro nô, uma forma de teatro solene e estilizada para a elite e oficiar cerimônias do chá, alguns se dedicavam a atividades artísticas tais como a escultura e a pintura.

Em seus castelos, os daimyo, patrocinavam saraus com pintores, dramaturgos e intelectuais. Assistiam a espetáculos privados de teatro nô. Os generais samurais praticavam caligrafia, arranjos florais e tocavam uma espécie de alaúde. Mas de todas essas atividades, a que mais os envolviam era a cerimônia do chá. Por volta do século XIII, monges zen-budistas introduziram os rituais do chá no Japão. A cerimônia do chá é uma atividade espiritual e durante o raro momento de trégua da guerra, os samurais vinham às salas de chá pra relaxar e apreciar o momento.



Samurai Hoje



Milhões de crianças em idade escolar ainda praticam as habilidades clássicas do guerreiro, entre elas a esgrima (kendo), arco-e-flecha (kyudo) e luta corporal desarmada (jiu-jitsu, aikido). Estas e outras artes marciais, fazem parte do currículo de educação física no Japão.

Hoje o espírito samurai ainda se agita no psiquismo dos japoneses. A bravura dos guerreiros, faz estufar o peito de figuras públicas. Através desse espírito, que os japoneses são hoje uma das maiores potencias mundiais.







ft/NET













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CARLOS CUNHA/o poeta sem limites



dacunha_jp@hotmail.com















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