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Artigos-->ELAS ESTÃO DE VOLTA -- 16/05/2004 - 11:51 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




ELAS ESTÃO DE VOLTA

(Por Domingos Oliveira Medeiros)



Aproximam-se as eleições, e a reforma política não saiu do papel. Repetir-se-á o horário político, que em nada contribui para a qualidade do pleito. O tempo na TV terá, de novo, distribuição favorecendo os partidos com maioria no atual parlamento. O mais democrático, ao meu ver, seria distribuí-lo igualmente, entre todos os partidos, de vez que se trata de novas eleições. Os eleitores, mais uma vez, emprestarão legitimidade ao pleito, sem garantia de representação política. Culpa do vergonhoso espetáculo de infidelidade partidária. Manobra astuciosa que busca a perpetuação do poder, indiferente aos anseios dos eleitores conquistados.



A badalada utilização do voto, como arma, não se sustenta diante de alvos que mudam de cara e de posição, a cada instante, tal qual as nuvens no céu. Haja vista a resistência dos senhores parlamentares à decisão do Superior Tribunal Eleitoral que pretendia diminuir de oito para cinco mil, aproximadamente, o número de vereadores. O tiro saiu pela culatra. Ao invés de diminuir, há projetos para aumentar o número de vereadores. Sem preocupação com o conseqüente aumento de custos para o país. E sem a certeza de que obteremos bons resultados. Está cada vez mais difícil praticar a democracia por estas bandas.



A propaganda enganosa entrará, novamente, em cena. E ditará as normas para a venda dos produtos. A mídia, como sempre, fará o jogo publicitário, posto que lhe renderá lucros econômicos e financeiros. Não há qualquer preocupação com os aspectos éticos e morais. Nem de cidadania. Tudo estará preparado para a venda, a preços módicos, dos produtos.



As pesquisas de opinião completarão as informações de mercado. Haverá lançamentos de novos produtos; com novas embalagens, mas sem mudanças significativas no seu conteúdo. Aguarda-se lançamentos e ofertas. A preço de custo. Mas o consumidor deverá estar atento. E, para tanto, vai aqui, arroladas, uma série de sugestões para que se elabore a “Cartilha do Consumidor-Eleitor”. Que deveria, no meu modo de ver, ser lançada pelos órgãos da Justiça Eleitoral.



Primeiramente, não tenha pressa em escolher seu candidato. Faça a sua pesquisa de preços. Compare a relação custo-benefício. Geralmente o custo é bem maior. E, nesse caso, não pense duas vezes: troque de produto. A experiência com produtos similares, de mesma marca e partido, deve ser, portanto, considerada na hora da escolha. E, não se esqueça: na hora da compra, peça um desconto. Pechinche. Nada de pagar por promessas impossíveis de serem realizadas.



Não se impressione com a embalagem. Verifique se ela contém todas as informações necessárias ao correto consumo, e se elas são verdadeiras. Se não farão mal à sua saúde e à de seus familiares. Cuidado com os produtos piratas. E os falsos genéricos. Que prometem qualidade superior, com preços reduzidos. Esses produtos não têm garantia e costumam apresentar defeito nos primeiros meses de consumo. É o conhecido barato que sai caro.



Muito cuidado com os produtos geneticamente modificados. Ainda não se tem certeza dos malefícios que os mesmo poderão causar à saúde física e financeira do povo. Há registro recente de casos graves. Produtos que foram vendidos - na eleição passada - como sendo orgânicos, isto é, sem o uso de agrotóxicos e sem modificações genéticas, mas que, ao serem consumidos, mudaram de sabor, e azedaram ou apodreceram muito antes do término do seus prazo de validade: geralmente, de quatro anos.



Algumas dicas para a escolha dos produtos devem ser consideradas. Lembre-se, sempre, que escolher estes produtos é como comprar pescados: evite o peixe congelado. Peixe que congela salários, nível de empregos e juros altos. Peixe com escamas soltas, e mal cheiroso, é peixe velho e conhecido. Não leve para casa. Se estiverem com os olhos avermelhados, como quem exagerou na bebida, é sinal de que está doente. É sempre bom dar uma olhada no partido que está oferecendo o produto: credibilidade, seriedade, coerência, responsabilidade e honestidade de propósitos são condições a serem levadas em conta.



Partidos sem projetos confiáveis, sem programas exeqüíveis, sem planos e sem rumo, não devem merecer nossa atenção. Não se impressione com o falatório. Com as histórias engraçadas. Com o choro incontido. É tudo conversa fiada. Ninguém precisa chorar para ganhar eleições. Se você acreditar nessa estratégia de marketing, aí sim, terá quatro anos – ou mais – pela frente, para derramar suas lágrimas de arrependimento.



Por outro lado, produtos agressivos, com excesso de pimenta e de sal, que fazem muito barulho, e que se utilizam de propaganda voltada para denegrir a imagem do seu concorrente, não deve ser comprado.



Finalmente, não se sinta obrigado a levar qualquer produto para casa. Se o peixe não agradar, ou estiver muito caro, substitua pelo frango ou pela lingüiça. Se nenhum deles agradar ao seu paladar, anule a sua compra. Mude de super-mercado. Assim, você não se sentirá culpado nem correrá o risco de ficar com náuseas e má digestão durante quatro anos.



16 de maio de 2004











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