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Artigos-->DIÁRIOS DE MOTOCICLETA (EXTREMOS) -- 15/05/2004 - 22:19 (Edson Campolina) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
“DIÁRIOS DE MOTOCICLETA” (EXTREMOS)

Por: Edson Campolina





1967. Meu nascimento e a morte de Ernesto “Che” Guevara. Dois extremos. Durante estes 37 anos, pouco vi e ouvi sobre este homem e a Revolução Cubana. Nuca li um livro que propusesse o entendimento sobre ele e a Revolução. Nas escolas nas quais estudei, nada se falava, muito menos houve proposta de estudo sobre o assunto. Talvez a impropriedade do momento – cresci e amadureci sob as ditaduras sul-americanas – não as permitira. Exceto pelos bonés, camisetas, bandeiras, cartazes e menções esporádicas em datas relacionadas ao assunto, pouco sabia sobre Ernesto “Che” Guevara. Não se criara a oportunidade.

Hoje, à procura de entretenimento, comunguei com Ernesto “Che” Guevara. Uma coisa me incomodou: que palavra usaria para definir o que senti após o filme. O carro seguiu sozinho o caminho do retorno. Não encontrava em meu dicionário cerebral palavra que pudesse expressar o impacto que me causou a película.

Emocionei-me. Chorei dentro do cinema. Não contive a emoção. Baixei os olhos para não ver as fotos, em preto-e-branco, projetadas na grande tela no final. Não houve disfarce para o meu lamento na escuridão da sala.

Saí reconhecendo os 37 anos de omissão, egoísmo, egocentrismo e ignorância própria, e de nossas nações. Decepção e indignação com a realidade - assim pra mim aceita - mostrada que é perene no século XXI, com toda sua ciência, tecnologia e falso progresso. A realidade que motivou Ernesto “Che” Guevara e mudou o curso de sua vida, estabelecendo uma nova consciência.

Então, finda a sessão já há 04 horas, a palavra encontrada para a tal realidade e a tal consciência é EXTREMOS. Os extremos vividos por Ernesto “Che” Guevara e mostrados por um cineasta brasileiro. Os extremos descobertos durante uma aventura que se tornara uma saga. Os extremos que opõem a pobreza e a riqueza, o humano e o desumano, a esquerda e a direita, a humildade e a prepotência, a simplicidade e a ganância, o capitalismo e o socialismo, a sabedoria e a ignorância.

Nestas, aproximadamente, seis horas, pude, em conclusão própria, definir que o ideal e a luta de Ernesto “Che” Guevara foi contra os extremos. Por força de uma revolução ou de uma consciência social e política, esta luta continua e terá um novo militante. Uma militância que não será de esquerda nem de direita. Uma militância que buscará a união. O foco. O equilíbrio. A sonhada América unida discursada por Ernesto “Che” Guevara, ainda não se realizou. Permanece num sonho, sonhado só, que após seu final, há 37 anos atrás, se ressuscitou em salgadas lágrimas deste brasileiro latino-americano.

Comecemos por nós mesmos, pela nossa comunidade, pela nossa cidade, estado, país, divulgando esta consciência como a salvação para a humanidade, em seu sentido mais científico.

Dificilmente uma academia de cinema da América-do-Norte reconhecerá o primor do trabalho que é “Diários de Motocicleta”, uma vez que se trata de uma EPOPÉIA mostrada, que os americanos do norte, talvez queiram mantê-la nas cinzas. Queira Ele que esteja eu errado. Mas minha nova consciência e minhas lágrimas valerão a pena.



15/05/2004.

Dedico a todos os irmãos latino-americanos oprimidos.

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