Aprendi a Calar Fundo
Aprendi a calar fundo.
Nem fadas nem elfos.
Outra voz mais alta soa em mim.
Um Príncipe encantado soprou luz em minha
direção.
A minha alma saiu da escuridão.
Foi por esta luz tocada. Agora veste-se
de cetim, sai de mim, ganha as imensidades
em busca de outras verdades.
Os bosques, os matagais, são pouco, quer mais.
Em êxtases celestiais dança, rodopia ao som da
Cotovia.
Distancia-se mais e mais do corpo que deixou
para trás.
Entra noutra dimensão.
O céu ali tem a cor rubi dourado e há sóis por
todo o lado. Este céu tem mais estrelas, é
muito mais iluminado.
Os seres que ali habitam são aos humanos
Semelhantes, mas do homem bem distantes.
O ser mais feio de lá, irradia mais beleza
do que o mais lindo de cá.
Assim é o mental, o emocional.
Mais perto do Sol Central.
Recebem Dele sabedoria, praticam outra alegria.
Lita Moniz
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