As lembranças caem das árvores
num portão de ontem sempre,
que se despedaça em imagens
de gotas, fotos e pingentes.
E aquela volta na praça
os cafunés, os passeios, a dança
de quem perdoa e abraça
os ventos, as folhas, a esperança.
Trazem aos olhos manchados
o portão de ontem sempre
mesmo que velho e quebrado
ele guarda as mãos quentes
De colher os abraços
os pedaços, as gotas
as fotos, os pingentes
das árvores!
Das árvores...
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