É curioso com as pessoas têm essa grande velocidade em se tornar enfadonhas.
Quando conhecemos uma pessoa, ou melhor: antes de conhecermos uma pessoa, criamos uma imagem dela em nossa mente, baseando-nos exclusivamente na aparencia. E esse mito gerado acerca dessa passoa, em geral, é muito mais prazeroso e fascinante do que a própria pessoa.
Mas, ainda depois de conhecermo-na, resta um vulto do mito, e ainda teima em persistir, o interesse, mas por algum tempo apenas.
Quanto mais nos aprofundamos no conhecimento de uma pessoa, menos interessante nos é esse. Talvez exatamente por a conhecermos, por podermos prever suas ações, tornam-se entediantes como um filme de que já se sabe o final.
Então, se a melhor parte de um relacionamento é o principio, por que as pessoas teimam em faze-los durar até que uma parte deteste a outra? Por que não, depois que a novidade se acabar, pouparmos da lástima da acomodação, da tristeza de uma separação?
Acredito que devemos nos aproximar das pessoas e te-las nos cercando enquanto forem capazas de atender a nossos desejos, necessidades e de satisfazer nossa incansável vaidade - que é a única coisa que nos mantém vivos. Devemos poder perceber o momento de nos separarmos das pessoas que nos cercam, sabendo o exato momento em que os prazeres se acomodam no ego e , então, mudar de direção as nossas paixões para novos prazeres.
Acredito fielmente no hedonismo e no momento de deixar.
Obrigado e tenham um bom dia |