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Discursos-->DEVERIA SER PROIBIDO TOCAR O HINO NACIONAL(CHEIRO DE POBRE) -- 11/01/2006 - 21:52 (GERALDO EUSTÁQUIO RIBEIRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CHEIRO DE POBRE.

Fui chamado a participar de uma reunião de assistência social e para minha surpresa era um pomposo Fórum de Assistência Social.
Olhando no rosto, nas roupas e na pose das recepcionistas percebi que quem precisa de assistência é o próprio “social” e que a maioria dos que estão no poder pensam não sabem ou não querem praticar.
A ostentação.
O luxo.
O puxa-saquismo.
A falta de humildade.
O excesso de formalismo e o número excessivo de cabos eleitorais engessam qualquer iniciativa de se falar e praticar uma assistência social digna sem esmola, onde a exploração política nunca deveria ser o tema da conversa do dia seguinte.
Para quem já perdeu a dignidade,
Por ser pobre.
Ou por estar velho demais para lutar.
Por ter nascido no país onde a corrupção é passada de geração a geração ensinando que o dinheiro e o poder são mais importantes que o amor.
A maioria dos que promovem,
Que estão no comando,
Que compõem a mesa,
Que tem voz.
Nunca sentiram na pela a dor pela falta de:
Um médico,
Um remédio
Solidariedade
De um assistente social que só assiste dentro de uma sala com ar condicionado e que nunca entrou em um asilo.
A maioria dos “delegados” do fórum social ocupa cargos com e sem merecimento e competência.
E praticam assistência social sem nunca terem entrado em uma favela a não ser para pedir voto.
Sem nunca ter entrado em um hospital público.
Sem nunca ter freqüentado fila de um posto de saúde.
Sem nunca ter ficando esperando meses com a vida por um fio por falta de um fio cirúrgico que custa menos de dez reais.
Olhando no semblante alegre e na roupa de domingo dos delegados que nada delegam, que são subordinados e decidem em cima do que já está decidido.
Vejo-me a pensar...
Quem nuca freqüentou ambiente de pobre, quem nunca entrou em um barraco não pode falar de assistência social, é preciso ter cheiro de pobre ou simplesmente ser um pouco Franciscano e mesmo tendo posses praticar a pobreza.
As frutas que enfeitam as mesas do ambiente nunca aparecem para causar aquele brilho de satisfação nos olhinhos do inocentes que residem em barracos que nem mesa tem.
O café servido aos puxa-sacos falta todos os dias onde a fome e a incerteza do que comer amanhã é o pesadelo constante.
Na periferia a luz que brilha não é dos holofotes das filmagens e sim os da polícia que reprime como se ter nascido pobre foi cometer um crime.
Todos se levantaram para ouvir o Hino Nacional, só eu fiquei sentado, não por desrespeito ao país, mas em solidariedade aos milhares de seres humanos que não querem viver de esmola e mesmo assim são massacrados por uma “Assistência Social” elitizada que a vislumbram da janela dos escritórios, no aconchego das poltronas e do ar condicionado. Deveria ser proibido tocar o hino nacional nas solenidades onde a ostentação e a falta de compromisso com os que sofrem é sem dúvida a marca registrada.
Ouvi o hino e saí!
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