REQUIEM... por um amigo!
(estou mais pobre)
Entro na sacristia e vejo, quase
encoberto por corpos que se movem,
deitado, lá ao fundo, aquele homem
que entre rendas e sedas, ali jaze.
Corpos de negro... Trouxeram amizade
de quem, último olhar embevecido
deita ao amigo que parte, enfim vencido,
e de guardar-lhe o rosto tem vontade.
Olho-te... e ali fico estarrecida.
Não quero acreditar que nos deixaste!
Acabou-se-te a tortura da vida...
Em menos de um ano, tanto penaste...
E aguardo o teu abraço... convencida,
que vai ser como sempre me abraçaste.
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11/11/2001
Laura B. Martins
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