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Discursos-->URNAS VAZIAS (4º CAPÍTULO) SEM DESTINO -- 02/03/2006 - 17:47 (GERALDO EUSTÁQUIO RIBEIRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SEM DESTINO
Quase ninguém percebe que a única coisa realmente nossa é o voto, porque ele é secreto e pode, mas não deve ser repartido aos milhares.
O eleitor ainda não compreendeu que não precisa vendê-lo; pode até receber por ele, mas o comprador jamais saberá se recebeu a encomenda.
Pode vendê-lo para todo sem vergonha que chegar disposto a pagar, mas tem o dever de dá-lo de graça para o candidato que realmente tem compromisso com a comunidade e que defende a causa dos mais pobres.
Eu sei que não vai acontecer, mas eu gostaria de ver uma eleição de urnas vazias, não cheia de cédulas em branco e de votos nulos.
Vazias de verdade, onde cada "cidadão" compareceria à sua seção e pegaria a "bendita cédula", e ao entrar na cabine de votação a colocasse ao lado da urna.
Imagine a cara dos candidatos.
Imagine a cara dos puxa-sacos.
Imagine a cara dos assessores.
Imagine a cara dos Aspones.
Hoje temos urnas eletrônicas, já não usamos mais a "bendita caixinha de papelão" e então eu gostaria que cada eleitor comparecesse e digitasse, ou melhor, apertasse o número zero.
O zero que o povo representa para a grande maioria de políticos sem compromisso com o social.
Deliciem-se comigo quando o candidato considerado vencedor olhar dentro a urna e enxergar o seu fundo.
Ela toda lá, vazia!
Ingrata.
Deliciem-se comigo quando os computadores que manipulam a urnas eletrônicas contabilizarem apenas zeros.
Eu gostaria de estar lá quando a mesa apuradora virasse a caixinha de esconder safado e dela não saísse um pedacinho sequer de papel.
Eu gostaria de estar lá quando os computadores mostrassem apenas zeros.
Os zeros que personificam a maioria dos políticos.
Os zeros que votam sem saber por que votaram.
Nada mudou!
O povo se contenta com pouco.
Os governantes só precisam dar pão e circo.
Tem eleitor que vota em político que faz mais festa.
Sou radicalmente contra qualquer evento ou festa organizados pelos governos com grandes shows em que o povo precisa pagar ingresso.
Deveria ser de graça para que a grande massa que não tem condições de ter acesso ao lazer pudesse efetivamente participar.
Uma cidade de 400.000 habitantes que promove feiras para a participação de 40.000 está deixando de fora a maioria da população pobre que teria somente esta oportunidade para ver um grande ídolo.
Assalariado com família com mais de quatro pessoas não pode freqüentar estas festas; quatro pessoas gastam no mínimo R$ 40,00 por noite só para entrar.
São excluídos.
E o desempregado?
Aqui é a prefeitura indistintamente do partido que governa patrocina festas suntuosas e eu nunca tomei conhecimento, pelo menos, nunca li em nenhum jornal um balanço de quanto rendeu e qual o destino do lucro.
Será que um balanço seria necessário?
Seria confiável?
Este espaço deveria ser alugado para uma empresa de eventos, assim saberíamos quanto entrou e como seria distribuído.
Eu observo as pessoas.
Eu observo os pobres.
E não posso aceitar ver o nosso povo jogado na rua como sucata em cada canto da cidade.
Debaixo de cada marquise tem sempre um amontoado de gente como lixo que não é recolhido porque vai contaminar quem o recolher.
E nós fazemos feiras.
Para onde vai o dinheiro?
Quanto rende?
Ninguém vê.
Ninguém pára.
Ninguém sabe!
Homens e mulheres, crianças e velhos, jovens e adultos se bem cuidados poderiam ter um futuro melhor e voltar a fazer parte da sociedade.
Futuro!
Sociedade.
Nada mudou.
Voto é comprado.
Não são todos, alguns são roubados.
Outros trocados.
Eleitores são todos iguais?
Não
Existe uma pequena minoria que não vende seu voto por coisa alguma porque sabe que a dignidade de uma pessoa não pode ser trocada por uns míseros trocados.
Desculpem o trocadilho.
Dizem que todo homem tem seu preço e é verdade, mas graças a Deus pelo menos para uma minoria o preço ainda é a vergonha na cara.
Pena que isto não seja contagioso e contamine todo mundo.
É preciso que seja.
Muitos votam porque o voto é obrigatório, não se envolvem, não se candidatam e não ajudam eleger o bom político e com isto contribui de maneira decisiva na eleição da maioria dos vagabundos que aí estão fazendo leis e votando o destino de quem não tem destino.
Por que muitos não têm destino?
De quem é a culpa?
Vamos investigar, precisamos achar os culpados.
Quem investiga?
Quem quer saber?
A culpa não é de ninguém, quem mandou nascer pobre?
A culpa é deles que não trabalham, são todos vagabundos, ladrões, prostitutas e prostitutos As creches e os asilos estão cheios de crianças e velhos sem esperança, abandonados, com fome e frio, doentes e sem remédio.
Estou escrevendo isto no dia 22 de agosto de 1999 e os sem terras apoiados pelos desempregados e pelos sindicalistas e por uma infinidade de pessoas estão marchando para Brasília em protesto contra o governo.
O nosso presidente (Fernando) teve a coragem de ir à televisão dizer que esta era uma caminhada dos "SEM RUMO”, e ele tinha razão, os nossos políticos e tecnocratas estão governando o nosso país como um navio sem rumo que balança ao sabor do vento.
A caminhada dos "SEM RUMO" tinha um destino e uma proposta, enquanto os donos do poder ficam como barata tonta, espalhando tristeza e sofrimento em "onde se plantando, tudo dá", mas, o que mais se planta neste país é a corrupção, deixando que os miseráveis façam a colheita.
Isto precisa mudar.
O que me deixa fulo da vida é que acusações são feitas todos os dias e nada, absolutamente nada é feito para acabar com a roubalheira que as quadrilhas eleitas pelo povo ou nomeadas para roubar fazem com o dinheiro que deveria se usado para garantir o bem estar das pessoas.
Não dá mais para ver noticiário de televisão, é raro o dia que a imprensa deixa de mostrar os políticos aumentando seu próprio salário, um policial extorquindo um bandido ou um pai de família, um funcionário publico roubando o dinheiro arrecadado com o suor e o sangue do trabalhador.
Estamos às voltas com as denuncias da esposa do prefeito de São Paulo, já imaginaram se todas as esposas de políticos resolvessem abrir a boca?
Se todos resolvessem falar.
Irmãos.
Sogros.
Genros
Assessores
Ah! Se os assessores soubessem falar.
Todos são mudos.
Todos mamam.
Porque ela não falou enquanto mamava nas tetas do governo?
A separação provoca honestidade?
O absurdo é que quase sempre é necessária uma briga de família ou a destituição de um assessor para que os podres da política e a roubalheira do dinheiro do povo venham à tona, foi assim com o presidente caçado onde foi preciso que um irmão insatisfeito falasse tudo que sabia.
Onde anda a justiça?
Praticando injustiças.
Com o povo.
Que trabalha.
Que sofre.
Que escuta.
Calado.
Impotente.
E se não houvesse separação?
E se não houvesse insatisfação?
O povo jamais ficaria sabendo e a roubalheira aumentaria ainda mais em todos os escalões do governo.
Isto precisa acabar.
Infelizmente isto nunca vai acabar, não adianta alimentar falsas ilusões enquanto as leis forem feitas em beneficio de uma minoria.
E ela sempre será.
O povo continuará assistindo a festa dos ladrões de gravata.
Espero que exista uma exceção.
Ela precisa existir.
Não que ela sozinha vá conseguir mudar este estado de calamidade, mas poderá denunciar e isto servirá para que o povo tome conhecimento dos desmandos que acontecem.
O povo precisa reagir.
Não quero sequer dizer qual a maneira e quais as armas.
Sei que é preciso mudar.
O voto é uma delas.
Existem outras.
Precisamos de um líder.
Que lidere com o coração e com a razão.
Não precisamos de filósofos e sociólogos.
Um líder de verdade precisa pensar mais no povo que no seu partido.
Enquanto os partidos estiverem acima do ser humano não teremos ninguém com capacidade para nos tirar deste terrível atoleiro em que fomos metidos.
Em quem mais acreditar?
Somente alguns se acham no direito de pensar, a maioria tem que obedecer.
Atolados até o pescoço.
Enterrados de corpo e alma.
Março de 2006 este texto poderia ser pai de muitos outros que já foram publicados, mas, honestamente pouca coisa precisa ser acrescentada, a na ser, que a elite se sentiu traída e quer a todo custo retomar o poder.
Precisamos impedir que esta tsunami de maracutaias volte a empurrar o país para o abismo e o caos total.


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