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Artigos-->A Dinastia dos Larah Pios -- 30/04/2004 - 09:14 (Ivan Guerrini) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Assim como os papas com 2000 anos, os Larah Pios também tinham sua dinastia. Para uma certa lamúria deles, entretanto, a sua dinastia era bastante jovem: só tinha resistido 500 anos! Entre um gole de café com baforadas cheias de detritos em cima dos mais próximos e outro gole, e logo depois de matracar sobre seus times de futebol com os marmelos de sempre, Larah Pio n disse para Larah Pio (n+1): “Hoje é dia de malhar o barbudo pelos 260”. “Por que?”, perguntou (n+1). E n respondeu: “Ora meu caro, só assim dá para esconder um pouquinho nossa trama para acabar com essa estória de diminuir o número de edis. E olha que está cheio de gente nossa que não percebeu a gravidade da situação, são os edis traídos. Tem que continuar forçando os picaretas lá na cidade do sonho de D. Bosco, mas tem que ser na surdina. Ah, se D. Bosco soubesse dos detalhes que viriam... A plim-plim não tinha nada que por aquele comentarista pra falar aquelas besteiras ontem à noite. Pra que despertar o povo? No máximo, ferrar os municípios com menos de 15 mil. Aí sim, só os tontinhos de nhembi, felândia, águas e mais umas porcariazinha de cidade é que vão pro saco. Mas olha, não dá trega pos cara, não. Pega duro nos 260 e fala mal do barbudo cada vez mais. Quem mandou ele prometer que iria dobrar o salário? A gente sabe que isso é impossível, mas tem que incuti na cabeça dos caras que quem está em cima é que é responsável pela desgraça de quem está em baixo. A culpa da vagabundagem e imoralidade reinantes tem que ser da equipe do barbudo, SEMPRE, entendeu? Enquanto a gente tiver esse assunto girando, essa idéia estúpida de diminuir vereador não passa. E você sabe que os grupinhos lá dentro da universidade são ótimos locais para isso, principalmente para aqueles que se reunem só prá falar de futebol e política. Risca o fósforo no barbudo e sai de perto que a coisa se alastra. Quando esse pessoal não fala de política, se reune prá falar da chuva forte de ontem, da briga do reitor com os pró-reitores, da traição da novela, da última fofoca do seu departamento, quem deu prá quem, etc... E te digo mais: quanto mais gente letrada estiver falando grosso contra o barbudo, mais espaço nós temos. Por isso, pode continuar pondo fogo pro pessoal continuar metendo a boca nele nas rodinhas, na Usina (aliás, muito progresso aí, não?), nos cafés, etc... Isso é ótimo! Na verdade, esse pessoal nem sabe o que está falando quando diz que o governo traiu o povo, mas isso é ótimo opara nós. ÓTIMO, entendeu (n+1)???” “Tá bem, n. Vamos lá”. E assim Larah Pio n e Larah Pio (n+1) foram para mais um dia de luta, inspirados pelas atitudes de seus primos de segundo grau e bem mais experientes que eles, Aly Henado e Many Pulado. Sem perceber, colaboram sobremaneira para a comprovação da síndrome dos ancestrais, a saga de cada família que gosta de lama no escuro e daqueles que dizem que quem vai pro inferno é sempre o vizinho. Neste caso, uma dinastia que leva uma nação, ou parte dela, para seu destino. Uma nação rica de belezas naturais, florestas, praias, terra boa para produzir qualquer coisa que se queira, espaço para todo mundo, clima maravilhoso, etc... Mas Deus quis colocar aqui o povo que mais precisava evoluir, sem que eles percebessem. Dono da bola, da trapaça na cerveja, no futebol, etc... E n aumenta cada vez mais, chegando já próximo ao número de Avogadro, se é que alguém sabe o quanto vale isso. E assim é que os Larah Pios, seus primos e seus adeptos incondicionais já conseguem, no início do século XXI, produzir a merda com categoria e, paradoxalmente, é dela que reclamam todo santo dia.
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