Considere os raios e o vento
e não deixe água no chão.
Na areia pise os pés,
que a mancha rubra fez leve.
Ela seca, suave,
leva ao peito,
arrepios lentos d’alma em febre.
Ela seca e quente, queima o sol,
e o sol, queimado se resfria,
n’água no chão esquecida.
E os raios e o vento,
que insistam,
não deixe água no chão.
Esquecer água no chão,
foi mal aos pés,
suaves e limpos.
AdeGa/82
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