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Teses_Monologos-->PAZ E ACEITAÇÃO SEM PRECONCEITO -- 25/12/2005 - 20:28 (Cheila Fernanda Rodrigues) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
IX - PAZ E ACEITAÇÃO SEM PRECONCEITO*

Na minha infância
A situação familiar era difícil
Em todos os aspectos...
Parecia haver muita desconsideração
Ou mesmo rejeição
De todos para todos...
Meu olhar infantil passou a ver a vida
Como máquina de diminuir pessoa
De amoldá-la ao interesse alheio
Para ela nunca realizar o próprio anseio.
Fui aprendendo a entender tal mecanismo
Fui me moldando às pessoas
Caso contrário eu já pressentia
Que um rolo compressor me trituraria.
Esquecer de mim era preciso
E desenvolvi uma grande sensibilidade
Por tudo que era do outro
Inclusive a prioridade.
Isso, de alguma forma, me supria
Eu me sentia participar de algo maior...

Cresci e substituí minhas necessidades vitais
Pelas não-essenciais
Pelos confortos pequeninos
E me bastavam pouquíssimos mimos.
Buscava ficar mais e mais no sossego
Vivia uma vida encaixada na rotina
Sem nada a perturbar
Uma vida perfeitamente previsível
Onde a raiva soasse impossível.
Todos que me olhavam externamente
Diziam: “Você é um mar na calmaria”...
Mas o incrível é que ninguém sabia
Que a tempestade borbulhava internamente.
Conflito?Confronto?
Uma dupla de palavras assustadoras
Cuja realização me era aterradora
E eu evitava a qualquer custo.
Dizer não e ver o desagrado em alguém
Deixava-me em completa tensão
Assim como, de súbito, ter que decidir
Ou prioridades estabelecer.
Acomodei-me, e agir ficava difícil
Ou eu preferia protelar
Entregar-me à preguiça
Como no ataque de acedia
- O demônio do meio-dia-
Fazendo tudo mover-se lentamente
Como diziam os monges de antigamente...
Detestava quando alguém tentava me controlar
Ou tentava algo pior: menosprezar-me.
Como não colocava a raiva para fora
Minha agressividade era passiva
Manifestava-se na teimosia ou na resistência.
Diminuir-me diante dos outros, era uma tendência
Por medo de assumir meus dons
De ser responsável por eles
De não achar que seriam bons.

Atualmente percebo verdades preciosas:
Somos amados incondicionalmente
Somos amados igualmente
Nosso valor e bem-estar vêm de dentro.
Vigio-me para ser independente das solicitações externas
Vigio-me para não reprimir sentimentos
Vigio-me para não esquecer minhas necessidades.
Decidi parar de me vender barato
- Muito e muito abaixo do preço -
Enfrentando e empregando meus dons
Com todo o meu apreço.
Aprendo a dar o devido valor à raiva
Quando aciona o sinal de alarme:
“Alguém está me depreciando”.
Ponho para fora o que incomoda
E, assim, tudo se acomoda...
O desconforto e a mudança são fatores naturais
Estou conseguindo conviver com eles...
Conscientemente sei que promovo a paz
E consigo expressar verdades duras
Na calma e na tranqüilidade
Deixando as pessoas seguras.
Hoje, se vacilo, hesito, tenho lentidão em decidir
Quando decido, não há recuo, não há indecisão
Sei o que fazer e ninguém consegue me impedir...
Passo a agir objetiva e construtivamente
Porque cada passo do caminho
É para integrar e mudar o mundo.

* Este é o padrão IX, do tema: Da criança ferida ao adulto rumo ao seu interior. Segundo David Daniels e Virginia Price, na tipologia do Eneagrama, há nove padrões de pensamento, sentimento e ação formados na fase de desenvolvimento da nossa personalidade. O padrão de cada um de nós começa na infância, pois a criança, de alguma forma, foi ferida e encontrou um jeito de sobreviver, ou seja, inconscientemente adotou um dos nove padrões para se defender. Isso o adulto carrega, porém pode caminhar rumo ao seu interior e reverter ou amenizar a ferida.
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