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Artigos-->CANTIGA DE FEIRA -- 22/04/2004 - 22:25 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


CANTIGA DE FEIRA

(por Domingos Oliveira Medeiros)





Estava o governo a governar e veio a seca atrapalhar.

A seca sem água, o sol na cabeça, semente não há, e assim sem plantar,

não nasce mais nada, não há que comer, não há que beber, só há que esperar, dormir e morrer.

Morrer é o de menos, pior é sofrer, com fome e com sede, sem ao menos terreno onde possa plantar.

Terreno adubado, terreno emprestado ou terreno suado.

Sem terra não dá, não dá pra plantar. Não dá pra esperar. A fome é urgente, não dá pra invadir, é ruim para todos, é ruim para a gente.

Nem ser inadimplente; nem tente tentar. O banco é fechado, dinheiro não há.

Nem terra existe, pra se trabalhar. Mas onde plantar?



Quando há seca, falta energia, ficamos todos no escuro, até mais de um dia .

Não se pode arar. E nem rastelar. Muito menos plantar.

E a conta de luz não agrada; vem sempre mais cara,

Pra compensar prejuízos, das concessionárias.



Por culpa de nossa gente, que economizou no consumo. Trocou lâmpada, fechou freezer, parou máquinas e tratores.

Muito sol, muito calor, e o ventilador ficou parado.

Tudo como combinado.



Mas as chuvas apareceram, encheram reservatórios, rodaram turbinas e motores.

E veio a promessa de que agora, o apagão ia embora; e com ele os dissabores..

E quando estava tranqüilo, preparando a fantasia,

Pro carnaval que viria, a nossa conta de luz,sofre um tremendo aumento,

Sem qualquer explicação.

E a gente fica pensando, como é que essa gente, tão estudada lá fora, faz essa patifaria!



A gente corta energia, o consumo cai no chão, a conta de luz aumenta, e isso só se explica, que é caso de economia; ou seria de ladrão?

Economia de quem economiza, ou economia de economista?

Até agora, que eu saiba, ninguém ainda deu a pista.

Pois não passou nem um mês, da chegada do fantasma,

do fantasma do apagão, eis que surge o blecaute, outro nome do apagão,

escurecendo vários pontos, desta imensa nação.



E mais uma vez o governo, sem ter uma explicação, vem de novo com a notícia,

com a história do apagão, com o nome renovado, por todos ele é chamado,

do blecaute da confusão.

Pega a gente de surpresa, ainda com tudo que é aparelho, no mais profundo desuso. Diz que a causa de tudo, que derrubou a tensão, nem foi falta de investimento, nem sequer manutenção, foi pior do que eu pensava, que ninguém imaginava.

Não foi nem falha humana, nem falha técnica, nem chuva.

O que aconteceu foi confuso. Parece até absurdo, mas foi um anãozinho de ferro, um pequeno parafuso.



Agora só nos resta esperar, para quando a eleição chegar,

aprender em não votar em quem só confia em São Pedro e na chuva pra governar.

Ao invés de fazer investimentos, cada qual no seu lugar.

Pra que a gente não fique no escuro, e o governo em cima do muro,

Só vendo a banda passar.



Não voto em que pensa pequeno, pra trás em desuso,

Que acredita em fantasmas, em forma de parafuso.

Governo que tudo indica, explica, não justifica, e logo depois retifica.

É bom relembrar os fatos. Para que eles não se repitam. Ou vamos ficar novamente. Esperando o bolo crescer. Pra pegar a parte da gente.



O Lula não pode ficar. Olhando em cima do muro. O Brasil precisa mudar. E ser o país do futuro. Mas que fazer agora? Apertem os cintos. O presidente assumiu. Assumiu? Ou sumiu? Afinal, o que será do Brasil?





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