Ontem, a chuva precedeu à noite. As gotas d’águas (fortes, ampliadas) saltitavam sobre a pista esmaecida devido ao asfalto surrado pelo movimento oscilatório das pessoas e carros que sobre ela transitam. E aqui, no terreno “consentâneo”, o poeta, hoje, vislumbra um sol independente com liberação de raios cadentes, que iluminam o seu cantinho, onde, com a mente liberada, procura enviar para o espaço da internet esse momento especial que o induz à poetizar. Porém ainda falta: a estrela, o luar e o mar. O mar, todavia , é avistado à distância, mas a estrela fulgurante , distante, aqui não está . E o poeta no terceiro dia, torna-se também amante da natureza, e observa os pássaros voando para destino ignorado, as árvores e, de lado, a Valdete que já começa a fecundar frutos. No horizonte, nuvens negras... Avançam e repentinamente, volta a chover! E o arejar entristece o momento, trazendo recordações de outras regiões, onde a temperatura imanizada era inefável e provocava cochilos intermitentes. À porta, chega Rosita e com a calma que lhe é peculiar, grita: Doutor o almoço está na mesa. Sinto o ar impregnado pelo cheiro da lagosta e do camarão, crustáceos predominantes no Estado do Maranhão. Resta ao poeta convida-los: Vamos à mesa!
São Luís, 21/04/04 à frente do Beach Soccer.
Jairo Nunes Bezerra
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