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Artigos-->Pé de Bola e Caveirão -- 20/04/2004 - 18:51 (Geraldo Lyra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando fui aluno do Aeroclube de Campina Grande - PB, levado pelo seu, então, presidente, Valdir Gama (a diretoria era formada por funcionários do Banco do Brasil e isso determinou minha decisão), conheci o Pé de Bola: tinha tal apelido porque, num salto de pára-quedas, este não abriu e ele ficou enterrado até à cintura. Socorrido, foram constatadas como lesões mais graves as fraturas nos dois pés, com rompimento dos tendões. Levado ao Hospital Antônio Targino, o médico ortopedista que o atendeu mandou colocá-lo esticado numa tábua, para protegê-lo de problemas na coluna vertebral, e, graças à boa assistência, não ficou paralítico, embora passasse a andar com alguma dificuldade.

Entretanto, por ser muito extrovertido e brincalhão, continuou frequentando o Aeroclube e botando apelido em todo mundo: cada novo aluno era fotografado na frente de um "teco-teco" , com macacão, capacete e tudo mais que um verdadeiro piloto tem direito e logo recebia o "batismo" do Pé de Bola. A mim, por ser muito magro, coube o de Comandante Caveirão, o que provocou o riso e aprovação da turma!

Pelo meu espírito esportivo, , levei na brincadeira, e, poucas vezes, respondí às provocações, só o fazendo na troça, levando numa boa o meu curso, que não completei (não tirei o brevê) pelo preço alto das horas de vôo e não ter pretensão, naquela altura da minha vida, de deixar de ser bancário para ingressar na aviação civil, na qual, aliás, vim a saber, posteriormente, que tinha um primo - Lutero Lyra -, o qual, tempos depois, veio a sofrer um acidente num táxi aéreo de pequena empresa que mantinha com um colega de aviação. Infelizmente, numa viagem de São Paulo - SP para Cuiabá - MT, o pequeno avião perdeu-se numa tempestade e desapareceu no Pantanal!

A propósito, certa vez, anos antes do ocorrido, estive no apartamento dele na Av. Indianápolis, perto do Aeroporto de Congonhas, para onde fomos em seu carro(guiado pelo Lutero), que ia deixar no estacionamento daquele campo de pouso: ele ia pilotar um avião da Transbrasil e eu, pegar um ônibus para voltar ao hotel, no centro da cidade.

No papo que mantivemos, a certa altura, falei:"Você é que é feliz, primo!" Resposta:"É o que você pensa!Já perdí quase metade do meu estômago, tirada pelos médicos, em virtude das porcarias que como em aviões e aeroportos!"

Mas, esta é outra história, e, voltando ao Pé de Bola, que era galhofeiro mas um autêntico desportista, quando íamos à praia de Tambaú - João Pessoa - PB, era ele quem melhor nadava e ia mais longe no mar!

Já em Campina Grande, no terraço do Edf. Rique, sentava-se no gradil (último andar do prédio de dez andares!), enrolava os pés (ou as bolas?) nele e dobrava o corpo para fora, para o espaço, deixando os presentes apreensivos. Tanto que, pelo menos uma vez, vimos um companheiro afastar-se da cena, com tontura, dizendo:"Esse cara é doido!"

Não sei onde anda nosso amigo Pé de Bola - se em Campina ou João Pessoa. Porém, agradeço-lhe sempre os momentos de descontração e bom humor que nos proporcionou!
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