Li, com pesar, no Informativo "TROVALEGRE", da União Brasileira de Trovadores de Pouso Alegre-MG, o seguinte:"NOTA DE FALECIMENTO - Aos 98 anos, faleceu o grande trovador Vasco de Castro Lima, um dos fundadores da UBT. Vasco partiu, mas nos deixou trovas como esta:
Tens razão de andar esquiva...
Casaste... Que mais me resta?
Sou como aquele conviva
que chegou depois da festa..."
Mas, o Vasco foi, antes de tudo, humilde:ele publicou o livro O MUNDO MARAVILHOSO DO SONETO (de que nos orgulhamos de ter um exemplar!) e não incluiu nenhum dos seus belos sonetos, como os publicados no jornal Fanal, de São Paulo-SP.
Preferiu divulgar sonetos de confrades de todo Brasil e do mundo, embora merecendo, ele próprio, ter publicadas algumas de suas belas páginas do gênero a que amou com verdadeira paixão e dedicou uma obra de fôlego, que é a mais completa da língua portuguesa e, provavelmente, não tem similar em qualquer país.
Prefaciado pelo, também, saudoso poeta Rangel Coelho, o livro tem 1099 páginas, cuja "I PARTE - IÉIAS GERAIS DA LITERATURA, A PARTIR DA IDADE MÉDIA", o soneto é "dissecado" e apresentado por autores de muitas nacionalidades, desde Petrarca e Dante (ou desde Jácomo da Lentini?) até os contemporâneos.
Considero uma consagração ter um soneto na Antologia do Vasco e leio, com prazer, sonetos de vários poetas amigos e conhecidos, que tiveram o mérito de participar da grandiosa obra literária.
Torço para que algum poeta da família do autor ou seu amigo íntimo, retome o projeto de uma segunda edição que ele iniciou e o inclua - por Justiça - com alguns dos seus sonetos.
Obrigado, Vasco, pela sua contribuição para manter viva a chama desse gênero
que é imune ao tempo(vem do Século XII...) e que tem sido praticado por poetas de todas as Escolas, inclusive pelos "iconoclastas" da Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo, como Mário e Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia (entre tantos outros), que foram, também, grandes sonetistas clássicos ou petrarquianos.
Que Deus o tenha, Grande Poeta!
OBS. Quando 16(dezesseis) leitores já haviam acessado ao texto acima, tentamos corrigí-lo, fomos parabenizado pelo "êxito", mas a verdade é que ele desapareceu! E aí, "seu" Waldomiro, como devolver-me as 16(dezesseis) clicadas?
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