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Teses_Monologos-->FIDELIDADE E AMBIVALÊNCIA -- 05/12/2005 - 21:07 (Cheila Fernanda Rodrigues) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
VI - FIDELIDADE E AMBIVALÊNCIA*

Um lugar de violência
Um lugar de sentimentos frios...
Havia muito castigo
Havia pancada sem razão...
Eis o quadro da minha infância...
Um quadro sem cor, sem harmonia
Sem emoção, ameaçador...
Travei-me no quesito confiança:
Ora procurava um protetor
Ora procurava me proteger.
A qualquer indício de perigo
Prevenia-me contra a violência
Empunhando a agressão.
Acabei desconfiando de meus próprios sentimentos...
O mundo era um monstro aterrorizante
E ninguém podia confiar em ninguém.
Vivia um medo medonho
E carregava uma incessante insegurança
Precisando da aprovação alheia.

Cresci...
O medo e a insegurança também cresceram...
Qualquer situação nova me apavorava:
Fazer um exame
Conhecer pessoas
Alcançar sucesso
Passar vexame
Sofrer danos
Crer que era capaz
De levar adiante novos planos...
O medo de perder as pessoas
Incitava-me a evitar conflito
A não contradizer nada
A não opor resistência.
Tinha medo de tudo que pudesse dar errado
Tudo que pudesse ser perigoso:
Incongruências, dificuldades em potencial
Pendências, desavenças
O dito nas linhas e entrelinhas...
Eu observava leis, regras e normas cegamente
Ou desobedecia rebeldemente.
Sempre mostrei colaboração e lealdade
Gostava de estar em grupo
- Meu ensejo de segurança -
Mas farejava o perigo
Para ver se ali se alojava a confiança.
Dediquei-me a ser “advogado do diabo”:
Ver tudo à luz da lógica
Atacar uma boa causa
Para provocar controvérsia...
Na minha imaginação exuberante
Pintava cenários apocalípticos
Nas histórias que contava:
Perseguição constante
Momentos de intenso pavor
Gigantes devoradores
Pessoas assoladas pela dor.
Tudo que mais desejava
Era conservar a confiança do outro
Mas como me percebia no espelho
Nele só via a desconfiança.
Ao errar, a raiva me trazia o sarcasmo
Eclodia a reação violenta
Explodia o acusador
E o resultado era dissabor.
Por que tanto temor me assaltava?
Por que pouco perigo já me assustava?
Por que enxergar o pior?

Hoje busco encontrar respostas...
Estou vasculhando dentro de mim
E examino as energias ameaçadoras.
Liberto-me das vozes de autoridade
Assumo a vida e minha responsabilidade
Encaro o medo de frente
E repito bem alto: ME-DO-ME-DO-ME-DO-ME-DO-ME-DO...
E ele mesmo ecoa: DOME!
Adquiro controle sobre ele
Que só aparece se houver fundamento.
Percebo que é natural ter fé em si mesmo
Ter fé nos outros e no universo como um todo...
Estou aprendendo a namorar o sucesso
Porque rompi com o fantasma do medo
E acredito em meu progresso.
Entendo muito profundamente:
A única coisa que pode ser
Muito mais forte do que o medo
É a vivência do amor incondicional
Uma experiência atemporal...

*Este é o padrão VI, do tema: Da criança ferida ao adulto rumo ao seu interior. Segundo David Daniels e Virginia Price, na tipologia do Eneagrama, há nove padrões de pensamento, sentimento e ação formados na fase de desenvolvimento da nossa personalidade. O padrão de cada um de nós começa na infância, pois a criança, de alguma forma, foi ferida e encontrou um jeito de sobreviver, ou seja, inconscientemente adotou um dos nove padrões para se defender. Isso o adulto carrega, porém pode caminhar rumo ao seu interior e reverter ou amenizar a ferida.
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