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Teses_Monologos-->ARTE E MELANCOLIA -- 24/11/2005 - 11:05 (Cheila Fernanda Rodrigues) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
IV -ARTE E MELANCOLIA*

Uma sensação de abandono quando criança...
Uma sensação de perda dos elos de origem...
Um furacão me devastou até o âmago
E me levou toda a esperança.
O mundo ficou insuportável e sem sentido
Tanto que modelo de papéis positivos nunca tive
Só me moldei à dor do abandono
À dor da alienação emocional
E à dor da autodesconfiança.
Passei a me ver como um ser inferior
Vivendo num universo cego e insensível
Idealizando circunstâncias perfeitas
Pintando meu ideal de amor.

Na idade adulta, sentia-me carta fora do baralho
Não tinha com quem contar
E minhas próprias normas precisava criar.
Desejar era importante para mim
Muito melhor do que ter.
Desejava sempre um grande amor
Desejava sempre o que existia no sonho
Desejava tanto ser feliz!...
A ponto de me deprimir e sofrer
Escolhendo enviesados caminhos
Povoados de melancolia e tristeza
Para chegar ao desejo que tanto quis.
Agonia e êxtase eu vivenciei
Por isso conhecia as nuances sentimentais
Os abismos da alma humana
A imensidão de horas vazias
Que cabia em uma simples semana.
Então sentia inveja
Uma inveja colossal que me apertava
E nos meus ouvidos gritava:
Todos têm qualidade, menos você
Onde está sua auto-estima que não se vê?
Ah! Se alguém fotografasse meu coração
Não suportaria o tamanho horror
De um espetáculo de tanto desamor.
Ah!... Com um presente cheio de manchas e falhas
Muitas vezes refugiava-me no passado
Vasculhando cada canto
Passando tudo a limpo...
Outras vezes viajava ao futuro:
Lá não sofrerei nenhuma dor
Lá é que encontrarei um grande amor.
Queria pessoas para me fazer companhia
Mas precisavam ser originais
Únicas, diferentes dos normais
Exatamente com o que a arte lida
E como a arte me insere na vida!

Neste momento, estou me rendendo à disciplina
Porque me dá equilíbrio e me traz alívio.
Minha alma chama pela espontaneidade
Clama pela busca de autenticidade...
Sei que posso merecer o amor
Sei que não preciso a ninguém me comparar
Muito menos invejar alguém
Porque a mesma cota de dons todos têm.
O mundo dos valores, da confiança e da consciência
Vem dando uma estabilidade salutar
Para meu caos emocional.
Consigo criticamente focar-me à distância
E minhas próprias fantasias examinar.
Pela gratidão, entendo com clareza
Que posso minha arte compartilhar
Para expandir o que é belo
E fazer brilhar a alma.
No nosso pêndulo existencial
Oscilando sem descanso
Descubro que felicidade e sofrimento
Impulsionam um movimento natural.

*Este é o padrão IV, do tema: Da criança ferida ao adulto rumo ao seu interior. Segundo David Daniels e Virginia Price, na tipologia do Eneagrama, há nove padrões de pensamento, sentimento e ação formados na fase de desenvolvimento da nossa personalidade. O padrão de cada um de nós começa na infância, pois a criança, de alguma forma, foi ferida e encontrou um jeito de sobreviver, ou seja, inconscientemente adotou um dos nove padrões para se defender. Isso o adulto carrega, porém pode caminhar rumo ao seu interior e reverter ou amenizar a ferida.
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