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Artigos-->Presença que irrita -- 04/09/2001 - 23:19 (Luís Augusto Marcelino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ok, esta não é uma frase minha. Em verdade, ouvi-a de um amigo que assistiu um dos episódios do Casseta e Planeta que anunciava o bordão. Achei engraçado, como muito outras coisas do sexteto carioca, e senti inveja por não tê-la inventado. Mas o fato é que parei para pensar na repercussão da série global e cheguei a uma conclusão: seremos vencidos pela mídia.



A história da ninfeta seduzindo charmosos quarentões (ou cinqüentões ou quaisquer outros ões) não é, comprovadamente, uma novidade. Antes mesmo de Mário Donato e Nabokov, meu avô João, em pleno sertão pernambucano, sem ser arquiteto ou escritor, teve a pachorra de seduzir minha avó Maria – 25 anos mais nova do que ele. E mais: embuchou a velha (que eu amo tanto!) quando ela tinha 16 anos de idade. O grande desafio foi alguém transcrever este tipo de história de forma romanceada em décadas conservadoras. Mas não é sobre isso que quero falar.



Posso parecer saudosista. Moralista. Retrógrado. Quase bicha. Mas a tal da Mel Lisboa – a quem respeito, por estar começando – não passa de uma bela moça gaúcha, como tantas outras, desprovida de talento artístico e cujo carisma se mostrou insuficiente para levar adiante a idolatria gerada em função da minisérie (o que não me impede de afirmar que ela é gostosa). E ressalvo que isso não significa que daqui a três, quatro anos, ela progrida e se transforme numa boa atriz. Aconteceu com Vera Fischer. Mesmo Sílvia Pfeifer deixou de ser um robô esquelético, anêmico e com o charme evidente de uma anta do Pantanal, para se transformar numa artista razoável. Simplesmente progrediu. A questão não é esta.



A sedução por ninfetas é um comportamento que deve ser encarado com normalidade. E não há nada tão polêmico assim para o “Fantástico” supor que as mulheres, daqui para frente, ficarão com uma pulga atrás da orelha. Não há nada de inovador. Nenhuma revolução comportamental foi criada. Os altos índices de audiência se devem à qualidade da produção e ao nu “artístico” exibidos na TV. Tudo em nome de uma suposta arte. “Minisérie baseada no romance de Fulano...” Tenho vontade de escrever um livro e vender os direitos autorais para a Globo. “Presença de Juanito”. Garoto de dezessete anos é seduzido pela professora trintona, com vida estabilizada, pertencente à classe social mais abastada que se vê seduzida pelo olhar tristonho e pelos músculos bem torneados do aluno da periferia. Ao final da exibição da série, é só colocar os pesos da academia que Juanito freqüentava à venda num site de leilões virtuais. Quanto será que custa o isqueiro do Nando? E a boneca da Anita?

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