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Humor-->Cara ou Coroa -- 05/12/2014 - 13:27 (José Luiz de Carvalho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Enquanto isso a cerimônia do casamento seguia...

– O senhor aceita Márcia, como sua legítima esposa, para amá-la... até que a morte os separe? Perguntou o sacerdote aos noivos.

– Espere um pouco seu padre enquanto eu pego uma moeda, respondeu o noivo em voz baixa.

– Para que?

– Vou tirar cara ou coroa. Preciso conferir se estou tomando a decisão certa.

– O senhor está maluco. Acha que casamento é uma partida de futebol e que estamos aqui para decidir quem escolhe o campo ou sai com a bola?

A noiva, se sentido ofendida e envergonhada, decidiu não reclamar, preferindo esperar para ver o que ele pretendia.

– Não se preocupe reverendo, disse ela, ele está sendo sincero e revelando sua falta de convicção. Melhor assim.

A conversa se desenrolava quase em sussurro. Nenhum dos convidados sabia exatamente o tema da discussão entre os três.

– Isso é falta de respeito, disse o clérigo. Porque o senhor não consultou uma cigana, tirou par ou impar, seja lá o que for, antes de ficar noivo? Veja quanta gente aqui na igreja que se mobilizou, investiram em presentes, roupas. Sem falar do pai da noiva que certamente se sacrificou para oferecer uma recepção decente aos convidados.

– Calma seu padre. Eu amo minha noiva, ela sabe disso, mas dizem que casamento é sorte. Temos ainda 50% de chance que eu diga sim. E mesmo que der “não”, podemos devolver os presentes, e as roupas servem para outras ocasiões...

– E o prejuízo da festa? O senhor pretende ressarcir seu futuro fracassado sogro?

– Não precisa. Saímos daqui e vamos todos nos divertir na festa do “não casamento”, o que seria no mínimo inédito. O senhor continua convidado. E vou além: quero que ela também atire a moeda. Pense bem: se der um “duplo sim” é porque fomos feitos definitivamente um para o outro. Seria a mão de Deus enviando uma mensagem contundente.

– Então o senhor imagina que serei partícipe desta palhaçada. Eu não entendo como sua noiva não reage e cancela já o casamento. Não se atreva a arremessar essa moeda para cima! Antes que ela caia, eu já terei encerrado a cerimônia. Decida-se: diga sim ou não, imediatamente, pois tenho outro casamento para realizar.

Desobedecendo a ordem do padre o noivo, com o polegar, projetou a moeda a grande altura. E ela voltou girando, girando, girando, mas não caía... girando, girando, para a esquerda, para a direita, a noiva, aflita, movia a cabeça sobre o travesseiro tentando despertar. O dia do casamento chegara. A sorte seria lançada...
 

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