Usina de Letras
Usina de Letras
173 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62190 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22534)

Discursos (3238)

Ensaios - (10352)

Erótico (13567)

Frases (50593)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Discursos-->Docentes, Doentes e Duendes -- 20/10/2005 - 16:18 (Ivan Guerrini) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
“Não dá mais para silenciar o fato de que, também em instituições educativas, há tanta gente encalhada no mero negativismo que esse até parece ter virado um pretexto frívolo para a estagnação na mediocridade corporativista” (Hugo Assmann em “Metáforas Novas para Reencantar a Educação”, Ed. UNIMEP, 1996)

Este artigo toma emprestado algumas idéias do artigo “Aos Professores Donos do Mundo” publicado há dois anos no site da Usina de Letras. Neste tempo que se passou, muitos fatos novos aconteceram que nos inspiram, ou empurram, a reescrever o artigo numa nova edição. É, pois, sol de primavera novamente, com um clima bem desregulado e típico de uma era de transição, apesar de poucos o perceberem. Dirijo-me aos professores universitários que ainda envergonham a profissão, ou seja, aqueles presos nas cíclicas e nefastas síndromes negativistas de seus ancestrais e que, além de se auto-boicotar, tentam curto-circuitar a evolução de quem não quer mais a mesmice. Ao mesmo tempo, sinto-me feliz porque as exceções a esses docentes doentes aumentam e formam, cada vez mais, a Massa Crítica, ainda que estes privilegiados por escolha própria sejam chamados de duendes pelos doentes. Antes, duendes felizes que docentes doentes, já que duendes são pequenos seres magos e místicos que não fazem sentido em nenhuma cabeça doente. Aqueles docentes doentes, pois, que não acreditam em duendes e que nem aventam a hipótese de serem os destinatários desta missiva, certamente já se definem como tais. Deixando aflorar a indignação de um típico Staphisagria, para aqueles que conhecem a Medicina do Sutil, permito colapsar, emergir ao nível de escrita, os questionamentos que se seguem. Olho, vejo, perscruto, sinto e bem além do nível clássico, grito bem alto num silêncio indignado. Por que vocês, docentes doentes, são tão prepotentes, a ponto de dar água na boca ao mais arrogante e menos evoluído dos leoninos, aqueles que ainda têm ascendente e Mercúrio em Leão? Que rei é esse, deposto, que vocês trazem na sua barriga, inchada pela competição do acúmulo pelo acúmulo de um conhecimento caduco? Por que vocês acham que só o que vocês ensinam e como ensinam é que tem valor, seus hipócritas? Vocês já leram algo escrito por Edgar Morin, o grande educador da França de hoje, para ter uma idéia do que significa ensinar no século XXI? Ou do grande educador brasileiro da UnB, Pedro Demo, seus demônios? Ou algo de Carlos Matus sobre sua experiência no exílio e como isso lhe transformou sua atuação de administrador, professor e consultor? Ou ainda algo de Leonardo Boff sobre sua postura na educação libertadora depois da dura crise experimentada com a Igreja? Aliás, vocês sabem o que é educação libertadora, antes de ficar escrevendo baboseiras por aí? Sabiam, por acaso, que isso não tem nada a ver com acúmulo de conteúdos como vocês rosnam e grunhem por aí de forma anacrônica e equivocada, seus medíocres? Por que, então, antes de vocês se aventurarem a escrever disparates sobre aquilo que é típico de Freire, de Demo ou de Boff, vocês não procuram, pelo menos conhecer seus livros, seus escritos, seus bofes? Por que vocês acreditam que o gosmento bafo, ou seja, o legado de seus mestres jurássicos nas universidades onde vocês se doutoraram constituem a única maneira de conhecer a ciência? Por que, por exemplo, querem aumentar o número de publicações sem se importar com a qualidade e a aplicabilidade dos resultados, seus corruptos de laboratório? Vocês pensam, docentes doentes, que sua tagarelice e gritaria em aulas e reuniões são medidas de inteligência? Demência, sim, é bem provável. Já ouviram falar de inteligência emocional, por acaso? E que vocês podem ter um alto QI e um desprezível QE, seus Q Idiotas? Querem encobrir o que com suas grotescas intimidações? Seus trambiques nos seus concursos fajutados com bancas marcadas e que lhe dão títulos porcos que dão nojo aos que sabem como tudo aconteceu? Ou querem esconder suas ressacas de aguardente puro regado com mutucas anestésicas que desde sua juventude vocês alimentam às escondidas? A quem querem enganar com isso, senão a si próprios, seus larápios da ética e da dignidade? Querem, com as intimidações, encobrir suas compras de computadores contrabandeados com dinheiro da Fapesp, sem falar das notas frias, é isso??? Vocês pensam que ninguém sabe disso, seus cana-alhas autoritários? Que poção de magia negra e infeliz é usada para vocês transformarem alguns parcos resultados empíricos, insossos e sem expressão em uma multidão de trabalhos repetitivos publicados e/ou apresentados em congressos para fazer matéria-prima morta e ressecada de bolsa do CNPq? Por que vocês não se propõem a estudar e pesquisar algo realmente inovador e útil, independentemente de auxílios externos, seus defensores do arcaico? Por que querem restringir a liberdade dos alunos, castrando sua criatividade e obrigando-os a entrar nos seus míopes ritmos degradantes de atratores entrópicos, fazendo alegorias de suas áreas de pesquisa que giram em círculos fechados? Por que não cessam de seduzir alguns ingênuos alunos com ofertas imorais de bolsas e propostas de competição ferrenha para que eles se tornem, um dia, mercenários empinados como vocês? Ou para que eles creiam que só a ciência do século XVII salva, como prega sua míope crença interior? Por que vocês colocam uma barreira mais alta que o Muro de Berlim entre a academia e a sociedade, muito embora vocês digam que são os duendes que não sabem trazer a ciência para a prática? Quem quer essa prática de meia-tigela, seus empinados? Por que querem impor os ciclos-limite que vocês têm em sua vida pessoal para os pobres alunos e colegas que os ouvem diariamente em seus vômitos verborrágicos? Quem deu a vocês o diploma de dono do mundo, seus imundos??? Quem vocês pensam que são ao desqualificar um colega, chamando-o de duende ou esotérico, só porque ele ou ela ultrapassa o conteúdo, não pensa igual a vocês e não quer se submeter àquelas pobres e infames regras nas quais vocês acreditam e pelas quais vivem rastejando? Por que vocês continuam coando mosquitos e engolindo camelos, seus quadrúpedes? Por que vocês querem que todos sejam infelizes moribundos e viciados naquilo que leva à morte só porque vocês o são? Que direito vocês têm de dirigir a vida das outras pessoas sob o pretexto de fazê-los cumprir suas obrigações, seus déspotas disfarçados? Quem lhes deu autoridade sobre seu colega de departamento, metendo-se a escolher por ele o tipo de pesquisa que ele deve fazer ou o colegiado que ele deve participar, só porque vocês têm um título de Merda a mais que ele? Quem lhes deu a informação de que vocês podem exigir o que bem entendem de um outro colega, seus filhotes de Hitler? Quem lhes dá o direito de dizer em tom agressivo nas reuniões que sabem tal e tal assunto só porque sabem o seu pustulento conteúdo clássico? Vocês sabiam que para passar conteúdo não há necessidade de professor, seus bostas empoderados? E que conteúdo por conteúdo, o aluno encontra muito mais nos livros e na net hoje em dia do que em suas aulas medíocres? Com que direito vocês destroem a esperança dos jovens e entusiasmados alunos em encontrar a nova ciência, dizendo que tudo depende do conteúdo e da decoreba, seus bunda-mole? Quem lhes deu o direito de reprovar alunos com média 4,9, seus mesquinhos filhotes de Maquiavel? Não sabem que a própria ciência clássica os recrimina por isso e que 4,9 é uma média que normalmente não se sustenta pelos limites da estatística? Ou vocês aceitariam um 6,9 em sua ficha acadêmica num concurso de livre-docência onde o mínimo é 7,0??? Por que só o outro é que tem que engolir esses sadismos de problemas mal-resolvidos da infância e que vez ou outra aflora em suas paranóias??? Por que vocês ainda vivem o reducionismo castrador de Descartes de forma exclusiva e abusiva e fazem questão de separar a ciência da vida e do “religare”? Será que nunca ouviram falar do que Einstein disse sobre isso? Por que vocês não lêem sobre a Física Quântica um pouco além do seu nariz, ou seja, além das equações de onda e procuram descobrir que as revelações científicas nunca mais podem ser promulgadas como objetivas e corretas “per se” como vocês querem impor aos alunos, seus donos do mundo? Será que vocês não sabem ainda que o observador interfere no observado e que, portanto, a ciência é subjetiva, seus mentalmente castrados? Por que vocês tem tanto medo dessa nova face da ciência que diz que tudo é incerto, tudo se renova e se cria a cada instante, seus débeis? Vocês têm paúra do novo, não é mesmo? O novo soa para vocês como o antigo deus Pã, ignição de pânico e de fezes descontroladas? Vocês conhecem os Direitos Humanos e a sua Declaração Universal publicadas há mais de 50 anos? Já a leram, por acaso ou ficam só rosnando asneiras de direitos humanos nos corredores como belzebus fora do tacho? Por que vocês pensam que sua condição de professor, mesmo com mestrado ou doutorado, pode passar por cima dessa Declaração Universal? Por que vocês se amotinam em corjas para se defender e abusam da distorção da legislação vigente para dizer aos insanos pares que estão certos? Vocês não percebem que estão doentes e que são os duendes que estão sãos? Como, depois disso, vocês têm coragem de criticar os políticos e seus conluios se, muito provavelmente, eles aprenderam na academia com gentalha como vocês? Por que vocês se agrupam em órgãos financiadores para se financiarem mutuamente com dinheiro que vem dos impostos do povo, como se fossem crianças inescrupulosas brincando de “Escravos de Jó”? Como vocês, fazendo tudo isso, têm coragem de bater no peito dizendo que vivem o amor ao próximo, seus hipócritas? Como têm coragem depois de convidar para festas dionisíacas aqueles que vocês repudiam em seus corações, seus boçais? Talvez um dia, se tiverem sorte antes do fim dos tempos, quando puderem se olhar num límpido espelho e gostarem do que vêem, possam se realizar verdadeiramente como professores e só então esta carapuça não mais lhes servirá. O apoio dos pares hoje nos mais variados colegiados é algo tão fútil, mesquinho e ignóbil que só lhe traz mais lama para seu curral, aumentando a indignação dos alunos conscientes que já sabem o que querem. Graças a Deus vocês não são e nunca mais serão 100%. Enfim, até quando vão continuar brincando de ensinar e de viver e ficar, como diz a bela canção antiga, esperando a morte chegar? Vocês conseguem perceber que, na verdade, só a morte física ainda não bateu às suas portas? Eis que o tempo chega e urge as mudanças radicais de postura para quem tem ouvidos para ouvir! Ouçam o chamado, mortos-vivos, donos do mundo!!!
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui