Marmóreo, o mar murmurava sereno doces melodias de paz
e eu, inebriado, contemplava as ondas suaves e monótonas,
a cismar mundos estranhos e perenes existências,
quando tudo um tufão turbilhonante transformou em dor
e um abismo de trevas me envolveu e me arrebatou.
Agora volto a me extasiar diante do mar embalado pela brisa,
mas estou roto: tudo que tinha tomou-me o tufão
e já não sei acenar com a esperança para os sonhos de meu ideal.
19.11.58.
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