Com vagar e reflexão, li as informações. Na oportunidade, reafirmo o que sempre lhe disse em nossas conversas: o presidente da nossa empresa e sua direção deveriam ser funcionários de carreira escolhidos por votação democrática entre nós. Isso vale para o fundo de pensão Postalis.
Por que político alheio às nossas atividades operacionais e administrativas é superior a tantos empregados que há décadas empregam na empresa o melhor de si com vistas no melhor para todos?
Finalmente, o senado está engatinhando em olhar ─ com lentes menos fracas ─ as indicações políticas. Cria projeto de lei que avança na direção de afastar políticos e seus partidos da gestão de fundos de pensão.
Entendo que não devemos pagar economicamente prejuízo para o qual em nada contribuímos (a não ser com a omissão de não fiscalizar!)
Se a CPI tem limitações porque não pode fazer acordos de delação premiada, não tem prerrogativa para condenar e que apenas faz as investigações e encaminhamentos aos órgãos competentes, poderia encaminhar cópia desse relatório à Lava Jato.
O fato de ser lei (e isso você já me disse algumas vezes) é questionável, e não é por estar previsto no Estatuto do Postalis que vamos ter de pagar pelos desmandos de investidores ineficazes.
Mutatis mutandis, Veja o que diz autoridade no assunto:
"Deve o Direito ser interpretado inteligentemente, não de modo a que a ordem legal envolva um absurdo, prescreva inconveniência, vá ter a conclusões inconsistentes ou impossíveis."
(MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 5ª edição. São Paulo (SP): Editora Malheiros, 1990, p. 270).
O bom senso e a racionalidade devem impor-se à pratica abominável de gerir mal os recursos públicos. Assim creio e assim espero.