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Artigos-->A Lógica Perversa dos Fundos de Pensão -- 14/03/2004 - 18:39 (Magno Antonio Correia de Mello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Os gatos pingados que perdem seu precioso tempo acessando as considerações que de forma muito bissexta acrescento aqui à Usina estão carecas de conhecer minha opinião a respeito dos famigerados fundos de pensão, mas ainda não tomaram conhecimento de todas as perspectivas sombrias que cercam essa excrescência. No que diz respeito à Administração Pública, reiteradamente tenho procurado, quase sempre com a desagradável impressão de estar pregando no deserto, demonstrar os riscos de se ter o Tesouro Nacional obrigado a cobrir estratosféricos déficits, cada vez que os gestores dos fundos que acolherão os servidores tomarem uma decisão de investimento devida e vergonhosamente inadequada.



Pois bem. Participando de um grupo denominado “eskuerra”, recebi a cópia de um artigo assinado por Washington Luiz Moura Lima, identificado como assessor econômico do Sintrajud de São Paulo, que põe a pá de cal no que ainda se podia ver de favorável nesses monstrengos, abordando algo que, confesso, ainda não me tinha ocorrido. Tratando dos estupendos superávits obtidos pelos fundos de pensão no exercício passado, Moura Lima adverte que mais da metade desse superávit, uma “bagatela” superior a vinte bilhões de reais, proveio dos lucros obtidos com títulos da dívida pública, aplicação na qual as malsinadas instituições previdenciárias fechadas mantêm parte significativa de seus recursos.



Como se sabe, no fatídico ano de 2003 – o que nos desgraçou a todos que sonhávamos, estupidamente, com um mundo melhor –, nunca o governo federal pagou tantos juros. Ora pipocas, isso significa, nem mais nem menos, que o tal superávit em grande parte se explica e foi obtido por juros dementes pagos pela Administração Pública. Dá para entender o tamanho da desgraça? Se os fundos de pensão das estatais se estropiam, o que é muito freqüente, dada a (i)lógica das grandes falcatruas em que de tempos em tempos se envolvem, quem paga a conta somos nós, os imbecis de cujos salários descontam pesados impostos, porque são as incautas patrocinadoras que tapam os rombos. Quando lucram, também fomos nós, rigorosamente os mesmos idiotas, que financiamos a festa...



Durmam, se quiserem, com um barulho desses. Eu, ainda que remando contra uma maré miseravelmente grande, prefiro permanecer acordado. E fazendo barulho.

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