Mangueira, pitombeira, jabuticabeira
Embaixo da copa dos meus sonhos
Ouço as respostas que vêm do tempo
Para as perguntas que nunca fizemos
Trova, trovão, chuva, aluvião
A perda da minha ilusão
Seu silêncio nem sempre se entende
Nossa dor nem sempre se entende
Cheiro de mato, regato, recato
Preservar o pouco um pouco
Não proteger nem agredir o índio
Não criar reservas por não destruir florestas
Gabiroba, peroba, caroba
Sem serra, sem fogo, sem ódio
Sem monóxido e sem agrotóxico
Não há chuva ácida que seja plácida
Tatu, pacu, urubu
Deixa quem fez desfazer
A corola não pode deixar a pétala cair
Sem antes o meu amor dormir
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