Nosso amigo está coberto de razão. Também penso exatamente assim. A despeito de meus sinceros sentimentos pelos mortos e feridos no atentado terrorista que abalou a Espanha, a Europa e o mundo.
Nada justifica tamanha barbárie. Mas o terrorismo é um ato de violência extrema. E é um fato. Não se combate, no entanto, a violência com a própria violência.
No Afeganistão e no Iraque houve violência. De várias espécies. Violência, a partir do momento em que não se observou as orientações da ONU, contrárias à invasão daqueles países.
Violência, quando civis inocentes foram mutilados ou mortos pelos canhões e mísseis da insensatez. Que atingiram os próprios soldados americanos. O chamado “fogo amigo”. Mui amigo, diga-se de passagem.
Violência contra o acervo cultural da humanidade. Destruído pela arrogância e a prepotência.
E o mundo calou-se. Até que veio a argumentação falaciosa. De que o governo iraquiano guardava armas de destruição em massa. Até hoje, nada ficou comprovado.
E os bons iraquianos e afegãos que foram mortos? Seus filhos?
Um erro não justifica outro.
Melhor faria se praticássemos o bom combate. Ajudar o povo inocente, bom e trabalhador do Iraque e do Afeganistão. E mostrar-lhe que a paz é o melhor caminho para o mundo.
Deste modo, estaríamos dando o exemplo maior. E isolando os maus cidadãos. Os terroristas. Que não teriam bandeiras para agir.
O exemplo de Israel e da Palestina é conclusivo. Há quarenta anos que brigam por motivos mesquinhos. Até quando os seres ditos civilizados continuarão a resolver suas diferenças pela força?