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Artigos-->14. DEUS NOS ABENÇOE! -- 31/08/2001 - 08:28 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Os textos sagrados, quer dizer, os que se voltam para as esferas superiores e pedem ajuda e reconhecem o auxílio e o agradecem, de maneira comovida, segundo o sentimento que insuflam na alma dos encarnados a piedade divina e a caridade cristã, tais textos são um pouco estranhos aos desenvolvimentos passados pela Escolinha de Evangelização, a não ser em algumas preces de superior inspiração, de acordo com a realização mediúnica em andamento.



Não se pode pedir a seres infelizes, tangenciando ainda a crosta terrestre, que se exprimam com a modéstia dos santos ou com a sabedoria dos espíritos voltados para os conhecimentos doutrinários mais perfeitos. Sendo assim, qualquer manifestação deste grupo no sentido de captar as emoções místico-religiosas irá esbarrar no problema da falsidade ideológica, porque não temos os atributos acima referidos, conquanto sejamos capazes de reproduzir diversas orações que nos são recomendadas para os diferentes momentos das atividades diárias. Repeti-las aqui de cor não nos seria difícil, mas, perguntamos, teriam o efeito saudável de harmonizar os corações numa freqüência de vibrações capaz de amealhar a participação de seres mais espiritualizados, pertencentes a dimensões existenciais quintessenciadas?



Vejam que estamos preparados para a descrição dos fenômenos dessa natureza supra-essencial, mas bem longe de produzi-los, por mais que nos esforcemos. Toda vez que alguém do grupo (ou mesmo a classe toda) se atreve a oferecer aos mestres a concentração solicitada para efetiva realização de alto nível espiritual (sempre em relação aos dons de que dispomos na atualidade), ficamos dependendo da assistência dos monitores, dos instrutores, dos mestres e dos mentores, os quais se postam ao lado para o auxílio imediato, à vista dos delíquios e dos titubeios.



É muito diferente de quando estamos trabalhando junto à mesa mediúnica, quando temos a possibilidade de controlar o magnetismo animal para a influenciação do encarnado que nos apanha a mensagem. Neste caso, ocorre o inverso daqueles momentos de prece, porque, vamos dizer assim, adaptamos as ondas de que estamos dotados à percepção mental do médium, tendo em vista o aparato corpóreo de que está revestido.



- A que vem semelhante discurso? - haverão de perguntar os leitores mais interessados na descrição dos efeitos maléficos dos vícios para o espírito imortal.



Se prestarem atenção nas entrelinhas, poderão avaliar o nível de preocupação que nos envolve, pelos problemas oriundos da inferioridade que somos capazes de reconhecer em nós. A consciência da exata condição existencial é atributo dos que estudam os meios de superar as deficiências de toda espécie. Não devemos esperar muito dos companheiros que estiveram navegando no mesmo barco, pelas mesmas encapeladas águas, sem rumo reconhecido e sem se importar com a possibilidade de naufrágio, tal é a certeza deste quando não há um timoneiro experiente, não há um cartógrafo prudente, não há um comandante decidido nem uma tripulação dedicada às rudes tarefas da manutenção das melhores condições da navegação.



Deus nos abençoe por estas tentativas e pelo fato de estarmos recebendo assistência para a produção das mensagens. Deus nos abençoe sempre, porque dele estamos todos sempre dependentes, que a misericórdia do Pai é infinita e absoluta. Mas a nossa concepção de Deus resvala para as condições alienantes dos psicotrópicos, tanto que julgamos estar, como acima dissemos, dependentes, termo que brotou da profundeza da consciência e sobre o qual apenas exercemos o poder de reconhecimento a respeito da sua importância para a fixação das diretrizes do crescimento espiritual que deveremos levar a cabo.



Não há muito que correlacionar entre a nossa experiência aqui na colônia e os desacertos dos que se drogaram até uma hora atrás e que pegaram o livro para dar continuidade a uma leitura que, sabe-o Deus, talvez esteja sendo absorvida com interesse. O que merece melhor desenvolvimento é o aspecto evolutivo pelo qual passamos, tanto estamos aptos a manifestações ponderadas, moral ou doutrinariamente corretas, na busca do esclarecimento das conseqüências nefastas para quantos se espojam, deliciados, no lamaçal dos desregramentos físicos e, principalmente, mentais.



Claro está que temos muitos tópicos agendados mas surge-nos, imperativa, uma questão para tremendo alvoroço no ânimo da classe. Pelo conhecimento que temos dos que se drogam, conhecimento íntimo que, graças a Deus!, vai tornando-se apenas histórico dentro de nossas biografias, viceja-nos a dúvida de que estejamos verdadeiramente elaborando peças com que provar a existência destoutra dimensão, onde as pessoas despertarão após a morte e na qual receberão o impacto adverso das atividades em desacordo com o princípio de que a melhor realização na vida sempre é a que objetiva favorecer o próximo, pelo desenvolvimento do sentimento do amor, sentimento que exige a presença de outras tantas virtudes fundamentais, cuja relação talvez não traga nenhum acréscimo importante para a finalidade que temos estruturada na nossa diretriz programática. De qualquer modo, se ficar claro que estamos solidários com os leitores, sejam vocês quem forem (o que significa que não passarão de filhos de Deus, como todas as criaturas), ficaremos um pouco mais entusiasmados e nos dedicaremos com mais afinco aos trabalhos assistenciais (aqui denominados socorristas), tendo em vista passarmos a acreditar na eficácia dos conselhos dos professores, quando nos impuseram o presente trabalho como imprescindível para o prosseguimento dos estudos.



Eis que agora advertimos para um sério problema, qual seja, o do proveito que nós mesmos obteremos deste manifesto sacrifício, que toma de nós um bom tempo e nos causa tanta preocupação. A pergunta obrigatória situa-se no campo dos possíveis avanços espirituais dos componentes da equipe, caso não haja um único encarnado acrescentando às noções de vida, à filosofia que lhe define o procedimento, qualquer elemento evangélico com poder para forçar-lhe o intelecto a reformular a postura, no sentido de melhorar-se para merecer, de imediato, toda ajuda que o plano da espiritualidade está em condições de proporcionar. Teremos condições de progresso mesmo assim? Pelo menos estamos empenhados na realização de um trabalho de natureza séria, dentro do melhor que podemos oferecer.



Quem puder meditar positivamente nestes problemas, colocando-se como condiscípulo nosso, talvez nos propicie recursos para futuros desenvolvimentos doutrinários, em função das necessidades específicas dos humanos. Não basta tão-só desconfiar de estarmos sendo maliciosos, porque nos situamos, como já o dissemos, a cavaleiro, em sendo espíritos e podendo visitar os terrenos a qualquer momento, instalando-nos de forma a captar-lhes as sensações, tanto que somos capazes de perpassar este muro de densa matéria para a manifestação mediúnica. A verdade é que o nosso empenho se enquadra mais efetivamente nos domínios dos conhecimentos mundanos, ou seja, dos relacionamentos entre os indivíduos dentro do aqui e agora da vida que se desenrola. Ao tentarmos conhecer os ingredientes mais íntimos, os que se encontram na profundeza das personalidades, os motores que fazem as pessoas agir, ficamos de mãos atadas, porque o nosso discernimento se dá horizontalmente e não verticalmente.



Eis que retornamos ao início da mensagem e reafirmamos que não estamos preparados para nos ofertarmos integralmente ao Senhor em oração de subido interesse vocacional. Concentrem-se vocês o mais que possam e estabeleçam o seu melhor vínculo com os benfeitores familiares, solicitando paz e felicidade para o enfrentar das vicissitudes da vida.



Deus nos abençoe, queridos irmãos!



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