Será sempre em vão pensar
Infringir a minha lei
Pois por ela só eu sei
Começar e acabar!
Podereis tudo inventar
Em meu nome ou destruir
Mas nunca ireis descobrir
Quem realmente eu sou,
Donde venho... Aonde vou...
E bastar-vos-à meditar
Que se existo pra mandar,
Sobre o que posso e quero
Porque me omito ou tolero
Será sempre em vão pensar.
Em entrega salutar
Presumindo-se a meus pés
Em delírio Moisés
Concebeu dez mandamentos
Segundo regra e talentos
Que – disse – lhe encomendei
Mas nem sequer inspirei,
E ainda que me renegue...
Nemhum humano consegue
Infringir a minha lei.
Se crêdes que existirei
Nos domínios do imenso
E imaginais que penso
Tal e qual e como vós...
Oh criaturas... Que atroz
Seria impor uma lei
Pra punir o que criei !
E se fiz humanidade
Prezai-a com humildade
Pois por ela só eu sei.
Nunca julgo ou julgarei
O pecado inventado,
Esse monstro inveterado
Que há milénios assestais
Uns aos outros... Oh mortais!
Cuidai sim de aproveitar
Os gozos e desfrutar
Da vida com mansidão...
Eu só tenho uma função:
Começar e acabar!
Torre da Guia
DR-SPA-1.4153
PS = Caro Varnei... Deverei continuar?
Uma vez que o meu querido amigo pretende seleccionar...
Espero que escolha o melhor... E tenha muito êxito...
Se disser que sim...
Seguir-se-à a apresentação, uma por uma, das causas do Zodíaco...
Não achará melhor fazer teatro no chão? Se não... Lá se vai a profissão do bruxo... Que luxo! Vossemecê é um pouco bruxo, pois é?