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Artigos-->A Mulher de Verdade -- 08/03/2004 - 11:58 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A Mulher de Verdade

(Por Domingos Oliveira Medeiros)



Escondida na idéia de que a fome é o melhor tempero da comida, subsiste uma segunda interpretação que, de certa forma, contraria a primeira: a idéia de que, estando com fome, não importa a qualidade do alimento; come-se de tudo, com a boca e as mãos cheias, achando que está tudo uma delícia; um verdadeiro manjar-branco dos deuses. Mas, tanto no mundo virtual, como no nosso antigo mundo real, a coisa não funciona bem assim. Ou, pelo menos, não deveria.



Há, realmente, pessoas que são gulosas em quase tudo. São pecadoras capitais anônimas e não sabem. E, por isso, essas pessoas não costumam dar muita atenção à qualidade do que comem, do que vêem, do que ouvem, do que lêem e até do que sentem. Ou seja, não têm a capacidade ou a sensibilidade para observar os detalhes. Onde se localizam os pontos

, quase imperceptíveis, e que, justamente por isso, guardam os segredos mais importantes da arte de viver com arte, da arte de viver melhor, da arte de aproveitar as boas coisas da vida. Tanto materiais como espirituais.



Dessa visão distorcida é que surgiram, provavelmente, os amantes à moda nova. Bem ao contrário dos amantes à moda antiga, de que nos fala a canção do rei Roberto Carlos; que, por sinal, anda um pouco emudecido, depois que sua amada amada teve que passar para o andar de cima, deixando saudades ao eterno enamorado; e, para nós, a ausência da boa música e das belas canções. A canção do amor, em todas as suas faces.



E quando se fala em sexo, por exemplo, são exatamente esses novos amantes esfomeados, que enchem as mãos e a boca de um erotismo egoísta, sem se dar conta dos detalhes, como, por ezxemplo: perceber que sua companheira, sua amada e sua amante, de onde ele retira todo o prazer pessoal, numa ação sexual predatória, é sua principal cúmplice neste ato de amor, numa de suas versões mais belas, que é o sexo. E que, justamente por isso, deveria merecer mais consideração e respeito. Afinal, o sexo é um ato consentido, realizado entre pessoas que se amam, que se dão.



Assumir, portanto, a postura de um colonizador que explora sua descoberta, à procura de riquezas, sem a preocupação em preservar o solo de onde retira o ouro do prazer, poluindo rios com o suor do esforço egoísta, que não consegue doar uma gota de consideração para molhar o rico solo, e reavivá-lo, é atitude equivocada, bastante condenável. Atitude de quem não demorará muito tempo para ficar tal qual o garimpeiro que revolve a terra sem critérios, deixando, por onde passa, a destruição, representada por imensos buracos e cavernas, muita lama, poluição ambiental. Destruição que acaba matando a própria natureza; que muito mais poderia lhe proporcionar, se chance tivesse tido.



Portanto, a mulher de verdade não se chama Amélia. A mulher de verdade é aquela que protege seus filhotes. Que se preocupa com os alimentos para os seus. Alimentos de toda ordem. Com a mesma perseverança e garra das leoas. A mulher ideal é aquela que oferece o seio - ao seu bebê - pela madrugada. Que acalenta seu choro e que remove suas dores. Que possui seus próprios ideais e suas convicções. Sua independência. Sem que com isso perca sua sensualidade e sua feminilidade.



Que possui força de caráter e muita personalidade. A mulher ideal é a que cobre o marido e os filhos pela madrugada, livrando-os do frio, enquanto eles dormem. E ainda lhes beijam os rostos. Em silêncio. A mulher ideal é a companheira, que ajuda, que anima, que participa, que oferece sugestões, que influencia nas decisões. A mulher ideal é a que faz falta. A que deixa saudades. A que traz alegrias. A mulher ideal é a namorada, a esposa, a amante, a amada, a fêmea, a mãe, a companheira, a amiga, a cúmplice, a conselheira, a que oferece o colo, o seio, o sorriso, as lágrimas.



A que consola, a que abraça, a que passa mão por cima de nossas cabeças.



A mulher ideal é a que se ama. E a que é amada. E a que ama seus filhos. E a que ama a vida. E a que sofre, também. Às mártires. As que dão bons exemplos. As que são dignas. As que são puras. As que se entregam ao seu amor. As que têm paixão. A mulher é, finalmente, a razão e a continuidade da vida. A que gera. De onde todos viemos. De onde todos nascemos. Para a vida. Para o amor. A mulher é o próprio amor. Por isso, vamos respeitar as mulheres. Amando-as com qualidade total. Sem pressa. Sem fome. Sem desespero. Mastigando bem os alimentos que elas nos oferecem. Para que o amor dure eternamente, conforme nos disse o saudoso poeta Vinícius de Moraes.,.





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