Gostaria de dar duas palavrinhas a respeito da guerra ideológica introduzida pelo sr. Félix Máier
aqui na Usina. Este sr. me parece um militante de extrema-direita extremamente ativo, inspirado em Olavo (ou seria Oliva) de Carvalho. Essa gente sofre de paranóia saudosista e enxerga comunistas até na gola da própria camisa.
Ao entrar na Usina com seus ataques e ser respondido, esse "Infelix" exclama: "Ooooooh, eles estão aqui, infiltrados!"
E daí perde a discussão, ganha a ajuda da turma do deixa-disso e o silêncio cúmplice do clube dos grafômanos.
Dominando a lógica binária e dispondo de apenas dois neurônios, derrama impropérios a respeito de Milosevic e Pol Pot. Ora, ninguém esqueceu que Milosevic é ateu marxista. Essa informação nos foi sonegada pela mídia associada aos EUA.
A OTAN fez uma intervenção interesseira e imperialista, estimulou o nacionalismo direitista albanês, desequilibrando também a vizinha Macedônia, ocupou parte da Iugoslávia (o Kosovo virou base da OTAN) e agora quer jogar a culpa para cima dos sérvios. Zé Pedro Antunes, que pode ler em outros idiomas e conhece o posicionamento de vários intelectuais europeus como Peter Handke, que tanto apoiou os sérvios quanto se deslocou para o lugar do combate, publicou vários artigos sobre a "Czarina", uma iugoslava que também está para ser julgada.
Já no caso de Pol Pot, negócio seguinte: os EUA começaram todo o drama, exportando a guerra do Vietnã para o Cambodja, derrubando Sihanouk e instalando a ditadura militar do general Lol Nol. A tragédia do Cambodja é a tragédia dos países ex-colonizados de todo mundo. Só que, além do conflito entre colonizados e colonizadores, apareceu também um choque entre as forças libertárias, entre a linha chinesa e a linha soviética. Como resultado, os vietnamitas invadiram o Cambodja e expulsaram o Khmer Vermelho do poder. Por trás disso havia a disputa entre China e URSS pela liderança do movimento comunista internacional.