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Artigos-->O amargo gosto da cereja -- 04/03/2004 - 21:30 (Athos R. Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O amargo gosto da cereja

Athos Ronaldo Miralha da Cunha





O ministro do Trabalho até pode gostar de torta com cobertura de cereja, mas aquele fim de tarde de quinta-feira em Fortaleza não era a hora e nem o lugar apropriado para saboreá-la. Embora a insistência da moça e a maneira delicada com que foi ofertada a sua fatia.



Ricardo Berzoini sofreu uma agressão com uma torta de glacê decorada com cerejas. A ativista militante do grupo Crítica Radical queria atingir todo o governo Lula com seu mal-educado e insano procedimento.

Acho uma crueldade o que o então ministro da Previdência fez com os velhinhos. O recadastramento foi uma atitude de desrespeito e humanitariamente insensível. Merecedor das mais severas críticas e indignação.



Todo e qualquer cidadão tem o direito de tornar público suas opiniões e sentimentos. Em uma democracia é livre a liberdade de expressão. E nós, conscientes e participantes de entidades civis, podemos e devemos fazer todo e qualquer tipo de manifestação quando as medidas dos governos não contemplam os anseios da população.

Dentro dos limites da educação e da urbanidade, uma moção de repúdio, um abaixo assinado, palavras de ordem ou até um ato público exigindo a exoneração do ministro seriam bem-vindas.



Mas não foi o que vimos.

Uma autoridade pública foi agredida e exposta ao ridículo e ao constrangimento geral. As fotos da agressão foram capas dos jornais de todo o país. Se não analisarmos racionalmente esses fatos, num primeiro momento podemos achar hilariante e que o ministro merecia uma torta na cara e uma chuva de tomates verdes fritos como complemento.



Queiramos ou não o ministro estava representado um governo que foi eleito pelo povo em um sufrágio universal. No meu entendimento a democracia também foi atingida.

Como brasileiro sinto-me agredido.



Em uma sociedade democrática o contraditório deve ser exposto dentro dos limites aceitáveis de convivência pacífica entre pessoas.

Não vejo legítimas essas atitudes insensatas e destemperadas em busca de uma mídia efêmera e inopinada. Essas ações de grupelhos encobertados sob o manto de uma causa ideologicamente arcaica e politicamente ultrapassada não contemplam os desejos de uma multidão de trabalhadores que labuta diuturnamente para garantir um mínimo de sustento para os filhos.







A mão do Médici





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