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Artigos-->13. POSSÍVEIS CRÍTICAS -- 30/08/2001 - 07:36 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Não resta dúvida de que as transmissões da turma carecem de profundidade quanto à análise dos casos que apresentamos. Tudo o que dizemos parece fruto de intuições fugidias, sem o competente avanço sistemático na captura dos elementos essenciais para a configuração científica das exposições.



O caso de D. Madalena, por exemplo, está a sugerir que todas as mães de drogados carreguem certa ou muita culpa pelo proceder dos filhos. Claro está que pretendemos, na anterior composição, demonstrar que nem sempre as pessoas tidas como vítimas das circunstâncias ou das pessoas o são verdadeiramente. Aliás, bem difícil há de ser encontrar-se alguém puro, competente para avançar de imediato na senda de Jesus, ao derredor desta crosta de expiação e de provas, como se anotou na codificação espírita.



Mas não devem os amigos leitores ficar de sobreaviso para a indigência intelectual do grupo, porque somos nós que o afirmamos peremptórios, dado o cotejo que levamos a cabo relativamente aos companheiros de outras classes, gente de melhor sucesso, tanto nas encarnações, quanto no desempenho evangelizado junto à colônia.



Isto posto, receberemos de boa mente os influxos críticos de quantos estejam desenvolvendo-se na doutrina espírita e se enfronham nos maravilhosos compêndios kardecistas, com todo o rigor da pesquisa e da exposição lógica do Codificador. Nós vamos à matroca, por assim dizer, meio enfunados pelos ares dos conhecimentos científicos, meio murchos pela esdrúxula tentativa de tornar os textos o menos possível arredios quanto à norma mais habitual dos encarnados, em sua expectativa literária.



Como depoimentos, enfraquecem-se as mensagens, porque não nos estimulamos para a curiosidade dos eventos passageiros, dos acontecimentos impostos pela sobrecarga material sobre os espíritos em trânsito pelo globo. Claro está que, para exemplificar procedimentos idôneos, sempre teremos uma palavra mais larga, mais extensa, ao contrário da que destinamos às tragédias provocadas pelos distúrbios emocionais ou pelo frio cálculo dos que se pautam pelo intelecto desviado dos roteiros do amor ou das trilhas do perdão, palavra esta sempre miudinha, para não provocar o desejo dos enredos rocambolescos, o que se encontra com facilidade nos romances que companheiros desta mesma Escolinha passaram ou estão em vias de passar. O que nos impede o relato nesse sentido é o grau de realidade que sustentamos, uma vez que os parceiros foram membros da humanidade, pessoas de carne, ossos e sangue, o que significa passíveis de se identificarem.



Deve ficar bem definida a razão desta atitude de resguardo. É que, quando as pessoas lêem páginas de ficção, estabelecem vínculos muito tênues com as personagens, julgando possível o desenvolvimento da trama, sem, contudo, envolverem-se a ponto de emitirem fluxos energéticos contra os infelizes que estão desempenhando seus papéis de vilãos. Se há identificação dos seres humanos ou dos espíritos na erraticidade, fica facilitado o envio de tremendas doses de mau humor, para falar o mínimo, o que incrementaria, sobremodo, as crises de consciência pelo acréscimo das culpas, no prejulgar de que houve inocentes a sofrer a desídia dos malfeitores. É por aí, mais ou menos, que raciocinamos para impedir as descrições mais cruas dos fatos reais.



Como cada pessoa possui sua história de vida ou de sucessivas existências corpóreas, fica muito difícil de atingir a todas pela exemplificação. Ora, a generalização, no nosso caso, passa a ser o prejuízo menor, podendo os leitores observar o que acontece ao seu derredor, para a confirmação das tristezas enunciadas, como os programas jornalísticos da televisão ou as reportagens das revistas de grande circulação não se cansam de evidenciar. Aqueles rapazes e moças que vivem nas ruas e se drogam com craque (a droga da viagem sem retorno ao estágio de normalidade psíquica e mesmo física) estão no meio do caminho da maioria dos cidadãos e na linha de tiro dos policiais. Deveriam estar nas agendas das instituições de assistência particulares, mas estas dependem dos subsídios oficiais para poderem atender aos dependentes das drogas ou carentes de compreensão e de afeto (como queiram caracterizar os doentes marginais).



Vejam que, na tentativa de fundamentar prioridades simplesmente sociais, dentro da estrutura do atendimento governamental, muitos temas surgem, sem conexão evidente com o planejamento meramente espírita destas mensagens, como é o caso de se fixarem as diretrizes de assistência aos necessitados de habitação, de saneamento básico, de escola, de emprego, de remédio, enquanto nós nos habituamos a atuar, dentro do movimento da caridade kardequiana, oferecendo apoio a quem se mantém lúcido para o equilíbrio da mente, em função do aprendizado da doutrina. Acompanhamos as gestantes pobres, os jovens de boa estirpe, as famílias que se dispõem a colaborar no tratamento dos alcoólatras, todos aqueles que nos oferecem segurança quanto a não perdermos o nosso tempo; ou, simplesmente, vamos em busca dos pedintes em vias de desfalecimento pela falta dos nutrientes ou dos agasalhos.



Muitos são médicos, dentistas, farmacêuticos, psicólogos, comerciantes, empresários, administradores, professores, marceneiros, pedreiros, pintores etc. e se oferecem para o atendimento em sua área profissional, valorizando o departamento específico dentro da casa de atendimento evangélico. São meritórias tais contribuições, sem as quais a sociedade teria de arcar com numerosos ônus na disseminação de mais ondas de descontentamento, porque a injustiça social é flagrante. Para essas criaturas, o nosso texto sempre haverá de carecer de oportunidade, mesmo que, idealmente, possam considerar alguns trechos bem formulados, com repentes geniais, todavia, sempre a desconsiderar a existência de luz transcendental, aquela emanada dos espíritos superiores, conforme se acostumaram a encontrar na literatura espírita.



Vejam que estamos prevendo possíveis contrariedades quanto ao ideário que este grupo está preconizando como favorável ao socorro, à ajuda, ao amparo ou ao simples apoio emocional a leitores desagregados quanto à personalidade, mas capazes ainda de exercício intelectual, a ponto de se predisporem a enfrentar esta imensa quantidade de páginas, ansiando por uma luz que lhes dê orientação para escaparem da pressão jugular das drogas. Não vai ser com esta dissertação inserta de forma pouco convencional no meio das que contêm o exame dos problemas dos encarnados epigrafados que iremos convencer os melhores, os próceres do movimento espírita, os dirigentes dos centros, os batalhadores pela melhoria espiritual dos confrades, os servidores do plano espiritual na seara mediúnica a aceitarem os princípios evangélicos como inerentes a estas manifestações. Entretanto, esperamos em Deus que muitos companheiros encarnados prestem atenção a obras como a nossa, para recrudescerem seu trabalho em prol dos que sofrem os horrores dos vícios, mesmo que seja através de pequenina prece, de vez em quando.



Desculpem os jovens necessitados de nosso abraço carinhoso, de nosso afago caritativo, se perlustramos outra via nesta altura das comunicações. É que precisamos do incentivo de quem conhece, melhor do que nós, como é que deve ser feito o trabalho de atendimento especializado junto às famílias que se apresentem com danos no setor dos relacionamentos, em virtude da presença trágica dos elementos alucinógenos. A vocês, solicitamos, de forma compungida, que dêem um voto de confiança à Providência divina, que se estimulem para compreender que Deus é pai de muito amor, que nada estipularia para o sofrimento das criaturas na área dos castigos impossíveis de suportar. A cada qual segundo suas obras, mas com integral possibilidade de recuperação rápida pelo entendimento das diretrizes evangélicas fundamentadas nas leis cósmicas, como Jesus prometeu, na última hora, àquele que se dependurou ao seu lado no Gólgota.



A esperança deve conter-se no coração de cada um de nós e é essa a mensagem que estamos desejosos de ver frutificar, para que a paz de Deus se faça para a sociedade, ainda que com o sacrifício do amor-próprio, do desejo de prazeres e de glórias, com o sufoco da indômita vontade de desforra proveniente de estágios existenciais impossíveis de avaliação no presente, mas que se fará, indubitavelmente, assim que vocês se virem junto a nós no etéreo, o que, irremediavelmente, sucederá um dia. E que nós do grupo também logremos a tranqüilidade que usufrui todo aquele que sente o dever cumprido.



Que Jesus e seus santos mensageiros nos protejam e nos orientem! Assim seja!



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