Ela que é a bailarina, mas sou eu quem tem que ficar na ponta dos pés para alcançar esse teu coração. Preciso do seu voo para me lembrar que tenho a minha leveza também. Tua dança suave parece um véu de seda sobre essa eterna noite tão escura meu bem, essa tua doce coreografia enche meus olhos de esperança, eu que vaguei tanto tempo pelo espaço sideral, eu que desde criança sempre achei conhecer as forças da gravidade como a palma da minha mão, hoje vejo o meu destino atado as pontas dessa tua sapatilha.
Bailarina, vim te buscar para fugir dessa ilha, vem comigo na minha nave espacial, enquanto eu uso meu foguete para o sol contornar, você vai enganando o tempo usando as suas longas pernas para dançar, e juntos nada nunca nada e nem ninguém vai mais nos alcançar.
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