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Contos-->A Porta -- 03/12/2001 - 12:26 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ah! Adolescência, transeunte mágica da identidade...
Tráz tanta lembrança, que dá saudade.
E assim começa a nossa peleja. FabianeLígiaMaria Rubenita, estava em plena fase dos rogos juvenis.
Como os deuses do Olímpo não foram muito complacentes com sua cândura, não perdeu tempo com os meninos da rua, que se quer notavam a sua presença.
Encorajou-se e ligou a rádio Tropical FM, pra deixar no ar o seu telefone, a fim de aproveitar a promoção do programa, que se intitulava de "Julieta à espera de Romeu".
Dese então, passava horas a fio ao lado do telefone, que não tocava, que não tocava, não tocava...
Ela morava com a sua avó, D. Marimbela, que já andava com o sacrifício a lhe escorar as juntas do joelho.
A noite era uma reclameira, uma tortura, massagem aqui, rematismo ali... Haja paciência da neta.
Até então a menina era obedientemente calada e ppor ter esse jeito meio calma, as comadres de D. Marimbela desdenhavam da pobre. Achavam-na esquisitamente branquela e sem graça...Mas quando a esperança já ia de vento em polpa, o telefone tocou, tocou, tocou que não queria mais parar; era de noite, era de dia, padre nosso Ave-Maria, dizia D. Marimbela.
Inclusive, a senhora, já estava com o juízo remexido e a garganta cansada de tanto reclamar com a menina, do infortúnio do bendito telefone, que tocava, tocava e como tocava...
foi, foi, quando menos se imaginou parou; parou mesmo. Que alívio dizia D. Marimbela e os vizinhos.
Passou-se a semana de calmaria, quando o fim de semana aproximou-se FabianeLígiaMariaRubenita, andava com os olhos tesos pra rua e suas ações tensas e aluadas...À flor da pele. Já não ouvia o chamado da vovó aos a fazeres da casa, ficou meio pinel.
E uma certa noite, quando a lua calhou sobre a cidade do seu quarto, e o perfume sem igual, com um conjuntinho rosa, saia e blusa, vestiram e armaram o corpo daquela jovem, do espelho dava pra perceber D. Carmita e D. Socorro reparando, dando o seu veredicto, que consubstanciou D. Marimbela ao comentário:
- Menina o que pensa que está fazendo?! Onde você vai com essa roupa luminosa e esse perfume de Boi no cio?!
- Pôxa vó! Deixe de ser implicante, só vou ali na frente, falar um instante com o meu amigo!Replicou a menina.
_Amigo?! Que amigo é esse que eu nunca ví você com essas amizades?!Assim disse a senhora.
A menina coitada, já meio vexada com a interrogação de sua avó em meio a vizinhas, parou no meio da sala, meio desarmada, olhou ao redor, tomou um novo fôlego e saiu dizendo que depois explicava melhor.
As senhoras caladas estavam, se entreolharam e permaneceram com um baita balão na cabeça, cheio de cobras e lagartos.
Quando a moça pisou no pátio do lado de fora, sentiu-se aliviada da vergonha passada e seguiu.
Em poucos, a televisão ficou como " a voz do Brasil" na rádio, pois feito adolescentes, as senhoras correram pras frestas da venezina a expiar o rumo e com quem de fato a menina iria encontrar.
FabianeLígiaMariaRubenita, caminhava meio nervosa,mas, enfim conheceu pessoalmente o rapaz, era um dos pretendentes, antecedido pelo telefone.
Em dias de encontros... Hoje um, amanhã outro...
Simpatizou de alguém, esse ficou quase que permanente, ou seja, por vários dias foi o que mais frequentou.
Passado os dias,já numa bela manhã, a menina moça resolve colocar em seu quarto uma porta. A bem da verdade, só havia uma janela lateral, acompanhada de um jardinzinho de flores onze-horas, que ficava de frente pra rua.
Quando D. Marimbela chegou da feira e deu com aquele fuzuê, de martelo,cerrote e o pó da madeira no chão, quis logo tomar satisfação, perguntando o porque daquela porta. Já que há muito tempo não havia porta ali e de repente, sem mais nem menos, estavam colocando, principalmente sem avisá-la ou melhor sem consultá-la.Outra vez a discusão se armou. Só que agora tomou conta da hora do café e a mocinha de tão brava, enfrentou a avó e as vizinhas que faziam sala e pensaram em interceder.
Enfim colocou a porta, sob o argumento que já estava moça e sentenciou que precisava de sua privacidade.
Ainda sob total protesto e desconfianças, D. Marimbela foi obrigada a concordar e suas amigas e correligionárias da igreja, caladas apenas murmurrar.
Uma semana e meia e a pobre da velha com dor nas pernas, nas madrugadas apelava à neta e nada de vir o socorro.
Numa noite porém, já cansada de bradar sozinha, entre as velas do altar e uma garrafa com álcool,soergueu-se de suas mazelas e agarrando-se na vassoura, lançou mão do interuptor que deu luz a todo o corredor até a sala, saiu se arrastando, gemendo calada até a porta do quarto da moça. Concidentemente a sua intenção de bater na porta, um par de gemidos profundo confidenciava ao silêncio da casa um mistério, uma malícia, que deixou D. Marimbela, "com a pulga atrás da orelha", bastante intrigada, na verdade tão vexada, a ponto de não se conter de curiosidade e balbuciar algo como:
- FabianeLígiaMariaRubenita, o que está acontecendo ai?! Quem está com você?!
- Menina!Estou fando com você! Ande respoda!
E bateu na porta com um certo ar de ira, misturada com agonia...Um certo despautério.
Houve então, um barulho enorme no quarto, um corre, corre arretado, simultaneamente houve uma falta de enérgia, que não durou cinco minutos. Quando a luz voltou, o silêncio, como um maestro, já havia posto nas disritimias um pouco de calma, que foi suficiente pra maior insistência daquela senhora no abrir da porta,que não se abriu.
O ocorrido naquela fatídica madrugada...A cama quebrada e a icógnita que saiu pela janela do quarto da moçinha, atropelando o vigia, ficou por conta da criatividade dos vizinhos locais.
Já a desculpa da menina ao amanhecer sob uma cara tranquila, meio que pensativa...Feliz, a sua inquisitora avó, foi de está sob um tremendo pesâdelo, que não a ouviu chamar e nem notou que a cama quebrara, tão pouco viu algúem sair de sua janela.
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