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Cartas-->Para uma amiga em que se encontra em dúvida se se aposenta -- 02/10/2014 - 19:04 (Fernando Tanajura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
(Para uma amiga em que se encontra em dúvida se se aposenta ou não)

Obrigado por dividir sua história e experiência de vida comigo. Certas coisas acontecem na vida da gente que são verdadeiros avisos. Devemos estar atentos para perceber, ler, interpretar e ter a inteligência e a lucidez para mudar de rota a fim de termos uma mehor qualidade de vida. Há três anos atrás eu também passei, de repente, por um grande susto: uma diverticulite com direito a uma perfuração intestinal. Emergência, cirurgia e 14 dias de UTI. Depois recuperação, dieta, controle de açúcar, gordura, carbo-hidrato, pressão arterial. Como voltei tudo ao normal, continuei trabalhado, enriquecendo o patrão. Novo susto no ano passado: inflamação na vesicular e de novo emergência, cirurgia, 5 dias internado, recuperação, dieta... E continuei trabalhando. Voltei tudo ao normal de novo mas senti pressão no trabalho e o estresse pairando no dia-a-dia. Apesar da hipertensão, muitos me diziam: continue trabalhando que é bom estar ocupado, fazendo um dinheiro extra, conectado com a nova geração. Contudo, depois de muito pensar, pesar e medir, tomei a decisão de no dia 7 de setembro dar o meu grito de independência, parar de trabalhar e resolver cuidar de mim sem pressão nem grandes obrigações. Em duas semanas já me sinto melhor: pressão arterial no lugar, dormindo bem, seguindo minha dieta, fazendo meus exercícios e tocando a vida sem pressa. Estou fazendo o que gosto: ler, escrever, curtir os amigos e parentes, escutar música, ver bons filmes... Financeiramente, se não estou rico, o que me rende dá para eu viver sem ficar contando os centavos. Cheguei a um ponto que brincar com os raios do sol, escutar o passarinho cantando na janela, ver as nuvens dançando no céu azul e passar algumas palavras para o papel ou computador é mais importante do que ganhar cem ou duzentos dólares a mais. Se não tivesse tomado essa decisão, talvez não estaria agora escrevendo para você trocando histórias de vida e escutando a opera O Barbeiro de Sevilha no radio nesta tarde de sábado. Estaria sim no escritório do trabalho atualizando listagens ou resolvendo pepinos da semana que ficaram pendentes para não rolarem para a semana que vem. Que bom que você teve paciência de me escrever e a elegância de me escutar.

Falei! Obrigado pelo seu tempo.

Abraços, F.



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