Eu sou um cervejeiro
Aprecio uma loirinha
Também sou usineiro
Gosto de uma palavrinha
Seja ela bem rimada
Seja ela bem contada
Seja ela tua ou minha.
Já faz parte da rotina
Uma "ceva" à tardinha
E o acesso à usina
Quando chega a noitinha
E entre um golinho alí
E uma palavrinha aqui
Vou levando a vidinha.
A cerveja com os amigos
Alivia o meu "stress"
Este papo aqui contigo
Como sempre é nota dez
"Eu politizo lá no bar
e venho aqui pra cordelar
com os amigos dos cordéis!"
E se as vezes falo "bosta"
Algo que te desaponta
Falo o que você não gosta
Saio com "conversa tonta"
É porque quando bebo
As vezes não percebo
Que já passei da conta.
E quando isso acontece
Sem censura vou falando
E se a verdade aparece
Já vem gente criticando
"Porque a pessoa sóbria
só fala aquilo que sobra
depois de ficar analisando".
E quem muito analisa
Não fala toda a verdade
Já quem sem alcoolisa
Desaprende a falsidade
E com o efeito da cachaça
Ele fala tudo o que acha
O que choca a sociedade.
Meu amigo eu penso assim
Com meu direito de pensar
E se discordar de mim
Tens o direito de achar
Que isso é "conversa tonta"
de quem já passou da conta
com os amigos lá no bar.
