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Artigos-->Dia Internacional da Mulher / comentário de Jan Muá -- 19/02/2004 - 07:38 (Elane Tomich) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






From: João Ferreira

To: Elane Tomich

Sent: Saturday, March 08, 2003 12:41 PM

Subject: Re: DIA iNTERNACIONAL DA MULHER



Puxa, Elane.

Você é muito corajosa. Conseguir manter essa isenção de lutar por uma humanidade inteira, sem fronteiras, e sem a reduzir a grupos e declarar-se a favor dos mais fracos como são os pobres, as crianças, os doentes e os idosos, é muita coragem... ou seja, é toda a coragem que é necessária para modificar alguma coisa no mundo...

É a defesa necessária para que não continuemos servindo e divulgando apenas uma ideologia de poderosos e de classes dominantes...

Você sabe, pela leitura dos poemas de Jan Muá, que eu, João, adoro as mulheres. Primeiro porque me considero um homem amoroso, e acima de tudo porque vejo na mulher o grande símbolo da maternidade, da doação no sacrifício, no amor e na luta heróica pela vida, contra situações adversas.

Mas concordo com você que a mulher burguesa não precisa de tanta proteção assim. Ela tem situação econômica, instrução e privilégios e sabe se defender muito bem. Por outro lado, porém, a maior parte das mulheres são seres socialmente excluídos, pobres, com muitos filhos, retidos na ignorância e na carência por um sistema desumano e não é por estas, infelizmente, que se luta quando se declara o dia internacional da mulher. Se tivesse de haver uma luta pela mulher, que como ser específico é um ser muito ativo e muito inteligente, era por estas excluídas e pobres mulheres que teríamos de lutar. Porque os comandos feministas internacionais e nacionais não modificam o eixo de sua luta??? Oh! Como seria interessante esquecer, por um momento, as mulheres que estão bem e têm seus privilégios e suas situações sociais e financeiras garantidas e dirigirmos toda a nossa atenção para a outra mulher carente e excluída e sofredora, encaminhando um novo estilo de luta para que essa mulher possa ser mais esclarecida no planejamento familiar (maternidade, gravidez, métodos anticoncepcionais), nos interesses profissionalis (cursos de formação em vários níveis), pedagogia familiar (educação dos filhos). Nós temos milhões de mulheres brasileiras extremamente carentes e que só precisam de novos planejamentos estatais, governamentais, empresariais, municipais para que possam ascender a melhores condições de vida pois sabemos de antemão que com elas os filhos melhorarão sua posição na vida. O eixo da luta pela mulher teria que ser modificado uns graus para cima neste sentido.

Paralelamente, socialmente, como você mostra em seu texto, levar a consciência humana a se interessar por tudo o que é humano e que pode melhorar a vida do homem sobre a terra, homem, mulher,criança, idoso, doente, carente, excluído.

Parabéns pelo seu texto corajoso.

É uma amostra de cidania avançlada! Que bom que haja alguém com coragem e capacidade de escrita para dizer estas coisas!

Se fosse um homem a dizer o que você disse, seria apedrejado, com certeza... risos... em certos arraiais de radicalismo feminista, pelo menos! Mas você não vai ser apedrejada...espero...já ganhou autoridade para dizer o que disse...e se alguém tiver de cerrar os dentes... vai ser só por um dia...risos...

Você é esclarecida e tem a história da humanidade e os ideiais humanos a seu favor!

Parabéns.

Mando um grande beijo a você, pela pessoa que você é e pelo dia da mulher

João

DIA INTERNACIONAL.....Esse negócio de "Dia Internacional da Mulher",é uma bela duma demagogia!

É como se proclamássemos até hoje , a proclamação da República.

Mulheres de classe média, hoje,não são minorias, já que o conceito de minoria, não é numérico, mas o de direitos assegurados constitucionalmente, vide ÁFRICA DO SUL,há vinte anos, atrás. Digo mulheres de classe média, porque a constituição não "vale" para todos em nossos país...ou não pagaríamos até hoje uma dívida que não devemos, através de impostos sobrepostos.

Se assim é, o homem alcoólatra, desempregado, que vive abaixo da linha da miséria, é tão minoria, quanto.. Merece tanta atenção quanto a prostituta criança.

Parece coisa de uma ex-professora que tive na UFPR, que dizia que todas as mulheres deveriam se emancipar, bastando para isto, arranjar uma empregada..Ao ser contestada, sobre se empregada não era mulher, me pôs para fora da classe, infringindo seus próprios conceitos de gênero e minorias.

Também sou contra os vinte por cento de vagas para mulheres nos Partidos... Se nada lhes nega o direito de se candidatarem, é uma lei sobreposta... Já que a lei "largada ao Deus-dará, "cria-se outra"... Isto é que causa o caos nas leis brasileiras.. Leis sobre leis e assim por diante.. Queria uma lei para os albinos ou os daltônicos , segundo a lógica descrita sobre os direitos acima pregados...

Uma vez , eu e a Marilena debatemos sobre isto.. e ela ficou pdv comigo. Como sempre, saí achando o academicismo uma droga, não a Academia e a discussão terminou na cantina, ou não terminou, porque fui embora antes.

Homenagear a mulher como aquele ser especial, capaz de gerar outro ser...é outro departamento que aprovo, já que seus direitos de cidadãs já estão assegurados.

Mas vamos também homenagear homens, adolescentes, crianças e idosos, que já o são mas sem qualquer ênfase. Luto pela igualdade, e não pela supremacia de raças, gêneros e graus.

Estes três últimos, saindo da questão do gênero , mas entrando na questão específica das fases de desenvolvimento e evolução humanas que devem ser homenageadas também , pelos conflitos, fragilidades e atenções especiais que requerem... Porque não?

Se isto não acontece no Oriente Médio, é uma questão milenar e cultural, sedimentada por dogmas religiosos, difíceis de serem resolvidos, já que estão calcados na fé...Cabe aí uma revolução cultural e econômica.

Porque não ,o Dia Internacional Da Dignidade Humana, inclusive o do não desespero do homem desempregado, que chega de mãos vazias de alimento em casa, bebe e a família vira um campo de batalha... Até porque as mulheres também bebem para matar a fome.. e sobram as crianças nas trincheiras.

Meu Deus, parece que há um incipiente racismo e corporativismo estourando... e isto é intolerância de guerra brotando, pois como dizia meu mestre Maurício Tratemberg: " Uma sociedade poderosa decadente provoca todo tipo de discriminação na tentativa última de preservar sua sua hegemonia",

pobres fazem guerrilhas, ricos estouram guerras.





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