Revirando os meus guardados
Encontro-me frente ao passado,
E vejo teu retrato preto e branco
Bem no canto empoeirado.
Uma foto desbotada pelo tempo
Mostrando o teu corpo de mocinha,
Recordo a grande paixão e revivo
As grandes alegrias que eu tinha.
Na casa velha de minha rua
Era lá que os pequeninos eu abraçava.
Ali as tristezas eram escassas
A paz e a harmonia eram o que reinava.
Vejo um retrato sem rugas, sem plásticas
Sem vaidades destes tempos modernos,
Sem orgulhos, sem vaidades nem luxúria
Sentimentos que deixa a vida um inferno.
Relembro quando olho este retrato
Que tiraste ao lado da casa antiga,
Da vidinha que a gente levava
Amando sem nenhuma intriga.
Voltando a minha realidade
Deixo o baú bem fechado,
Para voltar a qualquer momento
Quando os pensamentos forem acordados.
As máquinas fotográficas se modernizaram
E as fotografias coloridas lá no canto,
Não expressa a singeleza e a pureza
Que expressa o foto preto e branco.