Um dos grandes desafios nessa vida é saber envelhecer bem, um desafio para nós que vivemos num mundo onde a juventude é vendida como única alternativa de felicidade. Com tanto imediatismo e instantaneidade , que começou no nescafé e não tem limites para terminar, não sabemos mais observar o tempo. E assim, como quem quase não tem observador, parece que o tempo quase não existe mais. Por isso o grande lance é fazer partes da adolescência se estenderem a perder de vista. Afinal, 30 é o novo 20 e 40 é o novo 30.
O filme “Bem-vindo aos 40” me fez refletir que gostaria de transformar minha crise de completar 40 anos(em Junho de 2014) numa oportunidade de me reinventar completamente.A idade cronológica dos anos que vivemos muitas vezes nos assusta, o tempo é usada para medir a duração da nossa existência, mas ao mesmo tempo também nos valoriza ou deprecia.
Desejo que a minha crise de ‘meia idade” me ajude a não seguir a formula que a maioria das pessoas usam para justificar seus eventuais fracassos, se declarar vítima das circunstâncias.Desejo que nos próximos anos eu possa com calma rever tudo o que já fiz de certo ou errado, pagar minha dívidas (as cármicas) do passado, entender como as pessoas que me cercam se aproximaram de mim e o quão elas me influenciam.
Sei que sou como todos os outros homens da minha geração que chegam a essa idade, mas se alguns preferem continuar escrevendo sua história de maneira aleatória, a minha continuará, até o fim, sendo escrita a mão.
