Voltou a chover!...As águas aos borbotões correm pelas ruas. Vejo a cachoeira em sentido horizontal. Não sei o seu destino. E também não sei o meu. Apenas medito. E na minha meditação vejo jardins repletos de rosas de cores variadas. Uma delas se destaca. Não sei a sua classificação, apenas que é azulada e tem forma de estrela. Também sei que ela não é do Nordeste. E continuo a meditar e a sonhar com coisas belas. As minhas fantasias criam asas e desaparecem no horizonte. Volto á realidade. E esta não é aquela. Há uma tristeza envolvente inexplicável , mas que influencia o meu viver. E as águas, aos borbotões, continuam a correr. E volto a meditar. Gotas d´águas correm pela minha face. E não me expus à chuva! E , quase sem querer, inebriado pelo momento, canto baixinho: “E eu poeta solitário da noite/ Com meu violão em pernoite/Apenas revejo o luar”. Parte de uma poesia ritmada, feita há alguns meses .E ainda continua a chover!...