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Poesias-->Inusitado Amor -- 20/01/2002 - 20:43 (Fernanda Guimarães) |
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Inusitado Amor
Talvez devesse ter contido a palavra,
Mas ela escorreu atrevida, afoita
Revelando o tremor das minhas mãos.
O peito contrito provava do inusitado
E o coração ignorante e tolo
Ainda se esgueirava, tentando negar
Confissões que foram desatadas,
Delatadas pelos meus olhares,
Confirmando-te este amor
Que em mim sempre existiu,
Mesmo sem que presumisses.
Como se pudesse ocultar a emoção
Que volta e meia faz arder o corpo
Quando nem te sabes presente.
Pulsa-me o coração em descompasso
Ânsias que se alternam, num quase duelo
Suspiro, alheamento, dispersão
Olhares vestidos de nuvens
E nada contém esse flamejar
Tenho debruçado sonhos na janela
E procurado estrelas para contar
Agitamentos e frêmitos me movem
Em noites de qualquer lua.
Ando a querer beijo em fim de tarde
Abraço em dia de chuva
E vendo arco-íris até no céu da boca...
© Nandinha Guimarães
Em 17.01.02
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